A maior chacina policial da história do País, que resultou na morte de mais de 130 pessoas nos Complexos do Alemão e da Penha, no Rio de Janeiro, será debatida pelo Partido da Causa Operária (PCO) na próxima sexta-feira (14). O debate visará esclarecer o significado político do acontecimento e mobilizar a população contra a ditadura que está se instaurando no Brasil.
A Lei brasileira não permite que a polícia atue como um esquadrão da morte. Execuções policiais, seja de quem for, é um crime contra toda população brasileira. Por isso, a chacina deve ser minuciosamente investigada, e os responsáveis punidos de acordo com a lei.
Nenhum dos mortos identificados estava na denúncia que baseou a operação, e a maioria sequer tinha histórico de violência ou passagem pela polícia, incluindo adolescentes. A própria Secretaria de Segurança teria revelado que o massacre foi premeditado, com as vítimas sendo empurradas para aquilo que chamaram de Paredão do BOPE, onde foram simplesmente fuziladas, e muitos teriam se rendido antes de serem executados.
O massacre é uma prova de que a polícia não está acima da Lei, o governo não está acima da Lei. A tolerância a essa brutal política repressiva fará com que toda a população se torne vítima de uma ditadura policial criminosa e assassina.
A polícia não é a protetora do povo, mas sim o inimigo do povo, um instrumento do Estado dos ricos e poderosos contra os trabalhadores.
Como medida fundamental para combater essa ditadura policial, é preciso, além do fim da Polícia Militar e de todo o aparato repressivo, lutar pela investigação e pela prisão dos responsáveis pelo massacre.
Enquanto o atual modelo de polícia existir, haverá massacres. O armamento e o controle da segurança pela própria população, por meio de polícias eleitas e compostas por moradores dos bairros, com mandatos revogáveis, são a única forma de garantir a segurança dos mais pobres e evitar novas tragédias.
Para debater em detalhes o programa revolucionário contra o aparato repressivo do Estado, compareça, às 19h desta sexta-feira (14), ao Centro Cultural Benjamin Péret (CCPB). O espaço fica localizado na Rua Conselheiro Crispiniano, 73 — República, na capital paulista.





