Diante do banho de sangue promovido pelo Estado contra a população pobre no recente massacre do Complexo do Alemão e da Penha, que resultou em mais de 135 execuções, o Partido da Causa Operária (PCO) convoca os trabalhadores para uma série de debates urgentes sobre o avanço do regime antidemocrático e o terror de Estado no Brasil.
Corpos jogados no mato, mulheres espancadas, casas crivadas de balas, adolescentes e moradores sumariamente executados. Essa é a cena imposta pelo fascista de Cláudio Castro (PL) à população do Rio de Janeiro, um ato que o PCO denuncia como genocídio praticado pelo Estado.
O Centro Cultural Benjamin Péret (CCBP), em São Paulo, será o palco de um importante debate central para a campanha nacional de denúncia. O espaço, que fica localizado na Rua Crispiniano, 90, no bairro da República, estará aberto às 19h para receber todos os interessados em compreender o caráter político da chacina, intensificar a denúncia contra a repressão e organizar a luta pelo fim da polícia.
A atividade reunirá militantes, ativistas e toda a população disposta a combater a política de extermínio.
O massacre no Alemão e na Penha expõe o caráter da polícia brasileira, que age como um verdadeiro esquadrão da morte oficializado à margem da lei. O governador Cláudio Castro não apenas legitimou a operação, chamando-a de “sucesso”, como foi apoiado por figuras como Tarcísio de Freitas (SP), Romeu Zema (MG) e outros, evidenciando uma política de repressão orquestrada nacionalmente.
A velha farsa da “guerra ao tráfico” serve apenas como propaganda mentirosa para justificar o aumento da repressão sobre a população pobre e negra, enquanto reorganiza o controle do mercado ilegal em benefício das milícias – compostas por policiais e ex-policiais, muitos deles ligados ao próprio governo.
O mesmo debate será realizado em outras cidades do País como parte de uma mobilização nacional.
Além dos debates, os comitês de luta já estão nas ruas com uma campanha de colagem de cartazes exigindo a saída de Cláudio Castro, a punição dos envolvidos na chacina e, acima de tudo, o fim das chacinas e o fim da polícia.
Não fique calado! É hora de participar ativamente, denunciar o retorno do regime de terror da ditadura militar e organizar a luta pelo fim dessa política de extermínio contra a população trabalhadora.





