Oriente Médio

Após derrubar Assad, imperialismo retira sanções contra a Síria

Cinicamente, os norte-americanos alegam que o objetivo é “facilitar ajuda humanitária e reconstrução”

Depois de mais de uma década de destruição, provocada por uma guerra fomentada pelo imperialismo e agravada por sanções econômicas brutais, os Estados Unidos anunciam que pretendem “suspender parcialmente” as medidas coercitivas impostas à Síria. 

Desde 2011, quando a Síria foi mergulhada em uma guerra civil alimentada por grupos armados financiados pelos EUA e seus aliados europeus e árabes, o país foi alvo de um dos mais duros regimes de sanções econômicas do mundo. Sob o pretexto de “punir o regime de Assad”, as sanções atingiram diretamente a população: falta de medicamentos, colapso da infraestrutura, bloqueio financeiro e paralisação da reconstrução.

O chamado “Caesar Act”, aprovado em 2019 pelo governo norte-americano, institucionalizou essa política criminosa. Ele proibia qualquer investimento estrangeiro em território sírio, impedia o comércio com o país e punia até mesmo empresas de terceiros que buscassem cooperar na reconstrução. A consequência foi o sufocamento da economia e o aprofundamento do sofrimento de milhões de sírios — um verdadeiro bloqueio imperialista.

Após o golpe que derrubou Bashar al-Assad em dezembro de 2024, foi  anunciada a suspensão parcial das sanções por meio da chamada Licença Geral 25, permitindo atividades econômicas “limitadas” na Síria. Segundo os norte-americanos, o objetivo é “facilitar ajuda humanitária e reconstrução”.

Ao mesmo tempo em que retiram algumas restrições, os norte-americanos mantêm sanções sobre setores estratégicos, figuras políticas e empresas ligadas à Rússia e ao Irã — dois países que foram fundamentais para a resistência síria contra a agressão imperialista. 

Durante anos, as sanções impediram que o governo sírio importasse equipamentos para gerar energia, combustíveis e até mesmo remédios básicos. Hospitais e escolas fecharam, a moeda nacional entrou em colapso e milhões de pessoas foram empurradas para a miséria. A ONU chegou a classificar as medidas como “coletivamente punitivas”, com efeitos devastadores sobre civis — especialmente crianças e idosos.

Agora, após promover o caos e a fome, o imperialismo finge se sensibilizar com a tragédia que ele mesmo criou. Com a retirada gradual das restrições, o governo norte-americano tenta reintroduzir empresas imperialistas na reconstrução do país. Além disso, o alívio das sanções permite aos Estados Unidos reconectar a Síria ao sistema financeiro internacional sob supervisão norte-americana.

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