A ofensiva do imperialismo contra os povos da América Latina está a todo vapor. Uma rápida olhada no continente revela um padrão claro: regimes ditatoriais, golpes de Estado e a imposição de figuras políticas alinhadas diretamente aos interesses do capital financeiro internacional. Na Argentina, Javier Milei impôs um verdadeiro regime de exceção, promovendo um desmonte brutal do Estado e dos direitos sociais — tudo com o aplauso da burguesia mundial.
No Peru, a presidente Dina Boluarte já governava com mão de ferro após um golpe, reprimindo violentamente manifestações populares. A própria Boluarte, no entanto, acabou sendo derrubada por um golpe que deu à extrema direita ainda mais poder. No Equador, Daniel Noboa impôs um estado de sítio que já dura mais de 500 dias. Na Bolívia, uma nova ditadura já começou a se desenhar. No Chile, a extrema direita avança e está próxima de vencer as eleições, diante do fracasso do governo Boric.
Milei é quem melhor representa os interesses econômicos por trás dessas ditaduras: é o representante mais fiel dos bancos. Seu papel é o de liquidar a economia argentina. E é justamente esse tipo de figura que a burguesia busca para o Brasil.
Não por acaso, o governador bolsonarista de São Paulo, Tarcísio de Freitas, não esconde sua admiração por Milei. Recentemente, elogiou o novo presidente da Bolívia, que é um neoliberal. Tarcísio tenta se mostrar como o candidato ideal do grande capital: um burocrata disposto a entregar tudo — do pré-sal à Sabesp, das estatais à educação e à saúde pública.
Denunciar o plano da burguesia é a tarefa central do momento. Afinal, conforme o caso Tarcísio deixa claro, a prisão de Bolsonaro não fez com que os inimigos dos trabalhadores e do próprio governo Lula recuassem. Muito pelo contrário: eles seguem cada vez com mais agressividade com o objetivo de pressionar o regime político para atender à sua política criminosa.




