Estados Unidos

Qual foi o papel do genocida Dick Cheney

Ex-vice-presidente faleceu no início da semana

Durante a última edição do programa Análise Política da Semana, transmitido pela Causa Operária TV, o presidente nacional do Partido da Causa Operária (PCO), Rui Costa Pimenta, comentou a morte de Dick Cheney, ex-vice-presidente dos Estados Unidos.Pimenta o descreveu como “um dos arquitetos da política de invasão e ocupação do Iraque, que foi uma das coisas mais monstruosas que fizeram nas últimas décadas”.

Segundo Pimenta, o saldo humano dessa política é devastador: “os norte-americanos aí no Iraque mataram por baixo 2 milhões de pessoas. Eu já vi estatísticas que só com bloqueio econômico 1 milhão de crianças morreram”. O significado do papel de Cheney reside no fato de que ele e seu grupo “introduziram na política mundial, né, uma nova política de recuperação do poderio do imperialismo, do poderio militar do imperialismo”, afirmou o presidente do PCO.

Essa política nasceu após o colapso da União Soviética, quando a direita imperialista norte-americana começou a proclamar o “século americano” e a “Pax Americana” – uma referência à “Pax Romana”. Pimenta sublinha o caráter irônico dessa expressão, pois “paz não teve nenhuma de jeito nenhum”. O objetivo era claro: retomar e aprofundar a dominação mundial, demolindo “os governos nacionalistas e impor a política neoliberal de guerra econômica contra o povo”.

O dirigente destacava que o imperialismo estava “muito debilitado” após a Guerra do Vietnã, incapaz de conduzir grandes operações militares. A recuperação militar, que andava junto com a política neoliberal, começou no governo Reagan. Embora o governo Reagan tenha realizado operações menores, como em Granada e no Panamá, o objetivo era “mostrar que eles estavam retomando a política intervencionista”.

A grande cartada veio com a invasão do Iraque. Segundo Pimenta, quando o neoliberalismo atingiu seu auge no Congresso norte-americano, “eles decidiram jogar uma cartada de maior abrangência invadindo o Iraque”.

“Logicamente que essa invasão é explicada pelo atentado que houve das Torres Gêmeas. Não tem nada a ver, né? Isso foi uma política planejada e o objetivo dessa política, qual que era? Era modificar profundamente as relações políticas no Oriente Médio…”

Pimenta reforça a importância estratégica do Iraque, o segundo maior produtor de petróleo do Oriente Médio à época, e como sua invasão desequilibraria a situação da região, especialmente em relação a Israel.

Essa política agressiva, impulsionada por figuras como Cheney, culminou, de acordo com Pimenta, na situação atual do mundo:

“Hoje nós, como resultado dessa política, nós estamos aí à beira de uma guerra generalizada.”

O dirigente argumenta que essa tendência não é um evento casual, mas sim algo que “vem sendo organizada”.

A crise capitalista é identificada como o motor dessa aceleração militarista. Para o imperialismo, o “problema real” não é ser ultrapassado pela China, mas sim “o aprofundamento da crise capitalista em geral”.

Pimenta aponta o contrassenso da política atual na Europa, onde estão “tirando dinheiro dos programas sociais […] para aplicar em armamentos”. A burguesia, segundo ele, tem a ideia de que a crise social deve ser enfrentada através da guerra, que serve como “uma maneira de conter a crise social” e frear a luta de classes.

Em última análise, o dirigente conclui que o imperialismo, em sua fase de declínio, não adotará uma postura “pacífica, conciliadora, reformista”. Ele irá “enfrentar a situação de declínio de maneira violenta”. No plano internacional, onde não é possível fazer reformas ou ceder poder a potências rivais como a Rússia, a única solução percebida é “aprofundar a ditadura”.

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