Política internacional

Retorno dos mísseis à Europa: imperialismo se prepara para guerra

Apesar do discurso de “autonomia estratégica”, os principais países da União Europeia continuam dependentes da tecnologia militar norte-americana

A Europa voltou a ser palco de uma perigosa escalada militar. A instalação e o desenvolvimento de novos sistemas de mísseis de longo e médio alcance pelos países da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) indicam que o imperialismo está se preparando abertamente para a guerra. Segundo reportagem publicada pela emissora russa RT, há um verdadeiro “renascimento” dos arsenais europeus, com Alemanha, França e outros países revendo doutrinas militares e acelerando programas de rearmamento.

Desde que os Estados Unidos se retiraram unilateralmente do Tratado de Forças Nucleares de Alcance Intermediário (FNI), em 2019, abriu-se espaço para os norte-americanos e seus aliados voltassem a desenvolver e posicionar mísseis capazes de atingir alvos a milhares de quilômetros de distância.

Essas armas, antes banidas justamente para evitar um confronto direto entre as potências nucleares, voltam agora a compor a paisagem militar europeia — um claro sinal de que a política de “dissuasão” da OTAN se transforma novamente em preparação ofensiva.

O artigo da RT destaca que, “de Paris a Berlim”, a retomada dos mísseis parece, no papel, impressionante. Mas o sentido político é claro: os países europeus, sob comando e pressão dos Estados Unidos, buscam reforçar sua posição militar diante da Rússia, mesmo que isso signifique arrastar o continente para uma nova era de instabilidade.

Apesar do discurso de “autonomia estratégica”, os principais países da União Europeia continuam dependentes da tecnologia militar norte-americana. Os sistemas de mísseis e defesas anti mísseis instalados no continente estão integrados à estrutura de comando da OTAN, o que significa que, na prática, as decisões militares seguem sob controle dos norte-americanos.

Enquanto isso, a Rússia reage anunciando o fortalecimento de suas próprias capacidades de defesa e de dissuasão. O governo russo vê a expansão militar da OTAN até suas fronteiras como uma ameaça direta à sua segurança nacional — e, diante disso, declara estar pronta para responder “na mesma moeda”.

A presença de mísseis de médio alcance na Europa aumenta exponencialmente o risco de guerra. Muitos desses sistemas possuem dupla capacidade — podem ser equipados com ogivas convencionais ou nucleares —, o que torna qualquer movimento militar potencialmente catastrófico.

Enquanto os Estados Unidos e seus aliados alegam que a instalação de mísseis serve apenas à defesa, os fatos demonstram o contrário. Nenhum país europeu está sob ameaça de invasão russa — o que há é uma política deliberada de provocação e cerco à Rússia. A Ucrânia, transformada em linha de frente dessa política, é o exemplo mais claro: uma guerra prolongada, alimentada por bilhões de dólares em armas e mísseis imperialistas, que destrói o país e serve apenas aos interesses da OTAN.

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