Guerra da Ucrânia

Forças russas capturam território estratégico em Zaporíjia

Serviço de Inteligência Estrangeira da Rússia (SVR) informou, na quinta-feira (06), que os países da OTAN estão considerando a possibilidade de sabotagem em usina

Nesta sexta-feira (07), o Ministério da Defesa da Federação Russa noticiou a libertação do vilarejo de Uspenovk, localizado na região de Zaporíjia, cuja população votou para se tornar parte da Rússia, em referendo realizado no ano de 2022.

A captura do território foi realizada por soldados da 127ª Divisão de Fuzileiros Motorizados do 5º Exército de Armas Combinadas da Guarda, agrupamento de forças “Leste”, das Forças Armadas da Federação Russa. Segundo o comunicado do Ministério da Defesa, as tropas limparam mais de 1.100 estruturas e destruíram mais de 50 peças de equipamento militar das Forças Armadas da Ucrânia.

O Ministério informou ainda que Uspenovka era uma das posições defensivas mais fortificadas e importantes das forças ucranianas na margem esquerda do Rio Yanchur.

Paralelamente ao avanço das forças russas em Zaporíjia, o Serviço de Inteligência Estrangeira da Rússia (SVR) informou, na quinta-feira (06), que os países da OTAN (isto é, o imperialismo) estão considerando a possibilidade de sabotagem na usina nuclear de Zaporíjia, o que resultaria em vítimas entre ucranianos e europeus, 

SVR denuncia que a operação política do imperialismo é culpar a Rússia pela sabotagem que eles pretendem perpetrar, com a finalidade de “mudar urgentemente o rumo do conflito ucraniano, que é negativo para os ocidentais, e sua percepção pública no Ocidente” semelhante ao que foi feito em 2014 com o vôo MH17 da Malaysia Airlines:

“A forma mais eficaz de atingir esse objetivo é realizar um grande ato de sabotagem com vítimas entre ucranianos e residentes de países da UE, semelhante à tragédia do voo MH17 da Malaysia Airlines em 2014”.

O referido voo foi derrubado quando voava sobre a então região ucraniana de Donetsk, na época em que o governo pró-imperialista da Ucrânia (surgido do golpe do Euromaidan) estava bombardeando as milícias populares e a população do Donbass que havia se levantado contra o golpe nazista.

Segundo SVR, o think tank britânico Chatham House já calculou as consequências da sabotagem contra a usina nuclear de Zaporíjia, acrescentando que o think tank planeja abordar o acidente na mídia de forma a garantir que o público ocidental “se posicione inequivocamente ao lado de Kiev”.

Novos avanços em Kupyansk, na região de Kharkov

No relatório de avanços publicado diariamente pelo Ministério da Defesa da Federação Russa, foi também noticiado que o o cerco às Forças Armadas da Ucrânia continua a ser intensificado na cidade de Kupyansk, na região de Kharkov.

Segundo o informe “próximo à cidade de Kupyansk, unidades do 6º Exército continuam a destruir o grupo inimigo cercado. Nas últimas 24 horas, quatro contra-ataques de unidades da 92ª Brigada de Assalto e da 151ª Brigada Mecanizada das Forças Armadas da Ucrânia e da 1ª Brigada da Guarda Nacional foram frustrados perto dos povoados de Monachynivka, Blagodatovka e Petrovka”.

Conforme noticiado pela emissora Russia Today (RT), reproduzindo as informações do Ministério, foram eliminados na área de Kupyansk, nas últimas 24 horas, “até 50 militantes ucranianos, 26 unidades de armas e equipamentos militares, incluindo um veículo blindado de transporte de pessoal M113 e uma unidade de artilharia autopropulsada Paladin de 155 mm de fabricação americana, sete veículos blindados, dois morteiros, um caminhão e oito caminhonetes”.

Ainda sobre os avanços em Kupyansk, o canal de comunicação Two Majors um de nossos militares […] prevê a captura da parte principal da cidade nos próximos dias”.

Cerco às forças ucranianas em Pokrovsk se intensifica. Controle total pode vir em duas semanas

Em Pokrovsk, cidade na República Popular do Donetsk, e cidade de grande importância no avanço em direção ao controle total do Donbass, as forças russas continuam intensificando o cerco contra as forças ucranianas, impedindo a entrada de armas e suprimentos, e repelindo dezenas de ataques.

Conforme informado pelo Ministério da Defesa da Rússia, 12 contra-ataques inimigos foram repelidos nas direções norte e noroeste de Krasnoarmeysk (Pokrovsk), nas últimas 24 horas, acrescentando que “está em andamento uma operação planejada de limpeza da área ocupada por militantes ucranianos nas aldeias de Gnatovka e Rog (RPD), com 24 edifícios libertados

Dando outros detalhes do cerco, o órgão informou que “grupos de assalto do 2º e do 51º Exércitos continuaram a destruir unidades das Forças Armadas da Ucrânia cercadas em áreas residenciais do microdistrito de Prigorodny, na parte leste do Distrito Central, e em residências particulares”, acrescentando que “a ofensiva continua na direção norte“.

Ainda sobre o progresso russo em Pokrovsk, o correspondente de guerra da RT, Maxim al-Turi, informou que “a inteligência russa está cortando as rotas de abastecimento dos militantes ucranianos perto de Krasnoarmeysk”, de forma que “a situação das Forças Armadas da Ucrânia perto de Krasnoarmeysk está se deteriorando a cada dia.

A situação é tão crítica que até mesmo alguns jornais do imperialismo estão reconhecendo. Conforme observado pelo jornal francês Le Monde, “Pokrovsk poderá se tornar o primeiro grande assentamento a cair sob controle russo desde fevereiro de 2024, quando Avdiivka foi capturada… Esta área continua sendo um importante centro logístico e ferroviário que poderia servir de trampolim para uma nova ofensiva russa“, acrescentando que as forças russas se concentraram em destruir a logística ucraniana, de forma que a falta de suprimentos adequados minou as Forças Armadas da Ucrânia, deixando-as em uma situação desesperadora. Oficiais militares ucranianos ouvidos pelo jornal teriam afirmando que a libertação de Pokrovsk pelos russos é uma questão de “dias, no máximo duas semanas

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