O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, admitiu publicamente que ordenou bombardeios contra embarcações no Caribe e no Pacífico, em operações que resultaram na morte de pelo menos 66 pessoas e destruição de 17 barcos, segundo informações da rede venezuelana teleSUR.
As ações, apresentadas como parte da “guerra contra o narcotráfico”, na realidade configuram ataques militares unilaterais, sem base legal e fora de qualquer mandato internacional.
Durante um evento empresarial em Miami, Trump se vangloriou das ofensivas, afirmando que “cada barco que atacamos salva 25 mil vidas americanas”. O próprio presidente reconheceu que os bombardeios não se limitaram à Venezuela, atingindo também outras embarcações latino-americanas supostamente “associadas a organizações terroristas”.
De acordo com o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos (ACNUDH), os ataques não foram realizados em situação de defesa nem contra alvos que representassem ameaça iminente, o que caracteriza crimes internacionais. As ações ocorreram em águas internacionais, configurando uma violação aberta da soberania e das normas do direito internacional.
Desde o governo Bush e Obama, essa política vem sendo usada para justificar a presença militar norte-americana em águas latino-americanas, sob o disfarce de “cooperação internacional”.
O ataque à Venezuela e a outros países da região faz parte de uma ofensiva mais ampla contra os governos que se opõem à política de saque e subordinação ditada pelos EUA. O bloqueio econômico, as sanções e as ameaças militares compõem um mesmo plano de agressão. A defesa da Venezuela é, hoje, a defesa da soberania de toda a América Latina.





