A Ucrânia, outrora parte integrante da União Soviética, transformou-se, nas últimas décadas, em um laboratório vivo para o ressurgimento da extrema-direita. Esse processo foi orquestrado e financiado pelos países imperialistas, principalmente os Estados Unidos e seus aliados na Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN). Com bilhões de dólares em “ajuda” militar, treinamento de forças paramilitares e propaganda na imprensa mundial, o imperialismo construiu um regime na Ucrânia que integra abertamente elementos neonazistas em suas estruturas estatais e militares. Um fato documentado por relatórios internacionais, vazamentos e até admissões de autoridades ucranianas.
O culto a figuras colaboracionistas com o Terceiro Reich nunca desapareceu completamente na Ucrânia. Stepan Bandera, líder da Organização dos Nacionalistas Ucranianos (ONU), que aliou-se aos nazistas na invasão da URSS em 1941, é hoje elevado a herói nacional. Suas milícias, incluindo o infame Batalhão Nachtigall, participaram de massacres contra judeus, poloneses e soviéticos. Após a independência em 1991, esses símbolos foram marginalizados, mas a “Revolução Laranja” de 2004 e, especialmente, o Euromaidan de 2014 – financiado com mais de US$5 bilhões pelo Departamento de Estado norte-americano, segundo a subsecretária Victoria Nuland – deram o empurrão definitivo.
O golpe de 2014 derrubou o presidente eleito Viktor Yanukovych, instalando um governo pró-Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) liderado por oligarcas como Petro Poroshenko. O novo governo instalou imediatamente leis de “descomunização”, proibiu símbolos soviéticos e glorificou Bandera. Em 2015, o parlamento ucraniano aprovou uma legislação que equipara combatentes da UPA (braço armado da ONU) a “lutadores pela independência”, ignorando seus crimes de guerra.
Grupos como o Setor Direito (Pravy Sektor) e o Batalhão Azov – fundado por Andriy Biletsky, que pregava a “cruzada racial” contra “sub-humanos” – foram integrados às Forças Armadas Ucranianas. Azov, iniciado como milícia voluntária em 2014, recebeu treinamento da CIA e de instrutores britânicos, além de armas norte-americanas. Hoje, é uma brigada oficial da Guarda Nacional, com mais de 10 mil combatentes, e seu símbolo – o Wolfsangel, usado pela SS – adorna uniformes e equipamentos.
Relatórios da Anistia Internacional documentaram torturas, execuções sumárias e uso de escudos humanos por essas unidades no Donbas desde 2014. Apesar disso, o Congresso dos EUA só proibiu o financiamento direto a Azov em 2018, após pressão pública.
Desde 2014, os EUA injetaram mais de US$ 100 bilhões em “apoio” à Ucrânia, incluindo US$ 50 bilhões só em armas pós-2022. Parte disso vai para unidades com ideologia nazista. O Canadá treinou Azov até 2022.
Em 2022, o Parlamento Europeu condenou a glorificação de colaboracionistas nazistas na Ucrânia. Até o FBI, em documentos internos, alertou sobre o Azov recrutando norte-americanos para batalhões nazistas.
A Ucrânia hoje é uma ditadura defendida pelos principais países da Europa. É um fantoche imperialista onde neonazistas têm voz no governo. Proibir partidos de oposição, censurar imprensa e jornalistas e glorificar a SS é o fascismo. O imperialismo dito “democrático” construiu isso com dinheiro, armas e mentiras.


