Sim, Cláudio Casto (PL), o governador do Rio de Janeiro, é um criminoso e deve ser expulso pelo povo do Palácio Guanabara. O assassinato de mais de 130 pessoas em uma única operação o torna habilitado a ser julgado por crimes contra a humanidade, como foi julgado o genocida Benjamin Netaniahu.
Acontece que Castro não está sozinho nesta política. Em primeiro lugar, ele não seria capaz de mobilizar 2.500 policiais para esta operação se não houvesse um consenso dentro da própria corporação. Caso houvesse o mínimo de discordância entre os comandantes, haveria uma crise. Do mesmo modo, Castro agiu em conjunto com a Justiça, que preparou os mandados que foram utilizados de pretexto para a chacina.
O que é mais revelador, no entanto, é a atitude da grande imprensa, que segue acobertando o governador e os policiais criminosos. Os principais jornais do País se dedicaram a uma campanha imensa em defesa da operação, apontando como as vítimas seriam perigosos “bandidos” que teriam até reagido com veículos aéreos não tripulados (VANTs)!
Castro não agiu sozinho porque a operação reflete o movimente de toda uma classe social. A burguesia brasileira, que atua como se fosse uma sombra do grande capital internacional, está optando por um regime de força contra o povo brasileiro. Isto é, seguir a tendência de países como Argentina, Equador, El Salvador e Peru.
A chacina marca uma mudança muito significativa na situação política. Ela mostra que os tempos de guerra, sentidos com tanta intensidade na Palestina e na Venezuela, já chegaram ao Brasil.




