As autoridades de Gaza anunciaram no sábado (31) que “Israel” permitiu apenas uma fração das entregas de ajuda prometidas no âmbito do acordo de cessar-fogo com o Movimento de Resistência Islâmica (Hamas), permitindo que apenas 3.203 caminhões transportando alimentos, combustível e outros bens entrassem na Faixa de Gaza entre 10 e 31 de outubro.
“O número total de caminhões que entraram na Faixa de Gaza entre 10 e 31 de outubro atingiu 3.203, incluindo 639 com carga comercial e 2.564 com ajuda humanitária, entre eles 84 caminhões com óleo combustível e 31 com gás de cozinha”, dizia um comunicado.
De acordo com o relatório, “Israel” está permitindo uma média de 145 caminhões por dia, muito abaixo dos 600 caminhões diários estipulados pelo acordo de cessar-fogo. Como resultado, as entregas atuais representam apenas 24% do volume acordado, enquanto os carregamentos de combustível totalizam apenas 10% do fornecimento prometido.
O acordo de cessar-fogo, que entrou em vigor em 10 de outubro, foi mediado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, pelo presidente egípcio Abdel Fattah el-Sisi, pelo Emir do Catar Tamim bin Hamad Al Thani e pelo presidente turco Recep Tayyip Erdogan.
Como parte do acordo, o Hamas libertou todos os 20 cativos israelenses sobreviventes detidos desde 7 de outubro de 2023, em troca da libertação por “Israel” de 1.718 detidos de Gaza e 250 prisioneiros palestinos que cumpriam penas de longa duração.
Enquanto isso, “Israel” continua a violar a trégua ao realizar ataques diários e demolições em grande escala em toda a Faixa de Gaza, incluindo novas operações em Khan Younis e na Cidade de Gaza que arrasaram dezenas de edifícios residenciais no sábado.De acordo com o Gabinete de Comunicação Social do Governo de Gaza, estes ataques agravaram a crise humanitária e deixaram mais de 20.000 munições não detonadas espalhadas pelos bairros, pondo em perigo os civis e obstruindo os esforços de ajuda.
As autoridades de Gaza acusam “Israel” de restringir deliberadamente o acesso humanitário para exercer pressão política, alertando que a escassez contínua de alimentos, combustível e suprimentos médicos pode pôr em risco a frágil trégua e aprofundar a crise humanitária em Gaza.





