Política internacional

Ucrânia precisará roubar ativos russos para não falir totalmente

País enfrenta um rombo anual de US$50 bilhões em seu orçamento, coberto até agora por doadores estrangeiros

Uma análise da revista britânica The Economist alerta que a Ucrânia precisará de cerca de US$400 bilhões nos próximos quatro anos para sustentar sua guerra criminosa contra a Rússia. Sem essa injeção massiva de recursos, a Ucrânia corre o risco de ser “destruída”, e a coesão da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) poderia “se romper” de forma irreversível. Como solução, a proposta imediata é o confisco imediato dos ativos soberanos russos congelados na União Europeia (UE), uma medida inevitável para evitar o colapso das forças ucranianas.

A reportagem de The Economist, publicada nesta sexta-feira (31), enfatiza que os Estados Unidos, sob o atual governo, mostram relutância em aprovar novas parcelas bilionárias de ajuda, transferindo o ônus principal para os aliados europeus da OTAN.

“Kiev precisará de quase US$ 400 bilhões em apoio financeiro ocidental nos próximos quatro anos e terá que encontrar esse dinheiro sem o suporte direto dos EUA”, afirma o texto, citando fontes internas da OTAN. Dos recursos totais, a União Europeia seria responsável por US$328 bilhões, enquanto o Reino Unido arcaria com US$61 bilhões – uma conta que, segundo a revista, pode sobrecarregar as economias europeias já pressionadas pela inflação e pela crise energética.

O cerne da proposta é o plano de “empréstimo de reparação” da UE, que usaria os ativos russos imobilizados – estimados em centenas de bilhões de dólares e detidos principalmente pela câmara de compensação Euroclear, sediada na Bélgica – como garantia para financiar a Ucrânia.

“Isso vai acontecer, com resistência belga ou sem ela, porque é o único jogo na cidade para financiar a Ucrânia nos próximos um ou dois anos”, argumenta o economista, destacando a urgência da medida. A União Europeia, no entanto, enfrentaria obstáculos internos, como a oposição de países como a Hungria, que questionam o financiamento direto da Ucrânia via orçamento da UE.

A Bélgica, centro do impasse, resiste à ideia de “confisco disfarçado”, alertando para riscos legais e financeiros que deveriam ser compartilhados por todos os envolvidos. Autoridades belgas temem precedentes perigosos que poderiam minar a confiança no sistema financeiro imperialista. Do lado russo, o governo classifica o plano como “roubo descarado” e promete retaliações proporcionais, reforçando o discurso de que o conflito é uma “guerra por procuração” impulsionada pela expansão da OTAN para o leste.

A proposta chega em um momento crítico para a Ucrânia, que já enfrenta um rombo anual de US$50 bilhões em seu orçamento, coberto até agora por doadores estrangeiros,

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