Polêmica

O ‘ambientalismo’ da rede Globo

Articulista se mostra "preocupado" com exploração de petróleo na Margem Equatorial

Na coluna Nova aposta no petróleo mancha discurso de Lula em defesa do clima, o articulista Bernardo Mello Franco, do jornal O Globo, revela o papel da imprensa burguesa como linha auxiliar de uma campanha internacional para manter o Brasil submisso, sem direito de explorar seus próprios recursos.

Vestido de verde, o colunista chora pela COP30, por Marina Silva e pelo “clamor do cacique Raoni”, enquanto ataca o governo brasileiro por ter autorizado a exploração de petróleo na Margem Equatorial — ou seja, por tentar garantir algum grau de soberania energética e econômica.

Mello Franco finge neutralidade e “preocupação ambiental”, mas repete a velha ladainha do imperialismo: os países ricos já devastaram o planeta, enriqueceram, e agora querem impedir os outros de se desenvolverem.

Os Estados Unidos seguem aumentando sua produção de petróleo e gás. A Europa reativa usinas a carvão. O Canadá e a Noruega continuam explorando suas plataformas sem culpa alguma.

Mas, quando o Brasil tenta fazer o mesmo, a imprensa grita: “crise climática”.

É a versão verde do velho colonialismo: “não toquem nas suas riquezas, porque são nossas”.

O caso mais escandaloso é o da Guiana, que explora petróleo exatamente na mesma Margem Equatorial, a poucos quilômetros da área brasileira.

A diferença? Na Guiana, quem perfura não é a Petrobras — são as petroleiras estrangeiras, como a ExxonMobil.

Ninguém da imprensa “ambientalista” fala absolutamente nada. Nenhuma ONG internacional denuncia, nenhum colunista da rede Globo escreve artigos alarmistas, nenhum europeu ameaça boicotar.

Pelo contrário: a Guiana é elogiada como “caso de sucesso”, “milagre econômico” e “exemplo de desenvolvimento sustentável”.

Afinal, o lucro está indo para as mãos das multinacionais, não para um Estado nacional soberano.

Bernardo Mello Franco é porta-voz defende “o clima” e “a democracia” desde que isso não ameace o domínio estrangeiro sobre o país. Sua “preocupação ecológica” serve a um único propósito: impedir o Brasil de explorar suas riquezas sob controle nacional.

O problema nunca foi o petróleo — é quem controla o petróleo.

A ofensiva contra a Margem Equatorial é parte de uma política mais ampla para subordinar países como Brasil, Rússia e China aos interesses das potências centrais.

O discurso ambiental é apenas o disfarce.

Ao proibir o desenvolvimento de sua própria matriz energética, o Brasil se torna dependente de energia importada, de tecnologia estrangeira e de “fundos verdes” controlados por bancos internacionais.

Bernardo Mello Franco não está preocupado com o clima. Ele está preocupado que o Brasil tenha soberania energética e rompa com o controle do capital estrangeiro.

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