Entre 14 a 17 passados, realizou-se a 17ª Plenária Nacional da Central Única dos Trabalhadores (CUT), com pouco mais de 500 delegados inscritos, dos quais menos da metade participaram de forma presencial do evento, na Quadra dos Bancários em SP e parte do restante, pela internet.
Os números evidenciam a crise da maior organização de trabalhadores do País, com cerca de 4 mil sindicatos filiados. A qual é decorrência direta da crise financeira que se abateu sobre a imensa maioria dessas entidades, após a reforma trabalhista e a extinção da contribuição sindical (“imposto”), levando muitos à falência.
A destruição da CLT e os brutais ataques aos trabalhadores e aos sindicatos por parte dos governos golpistas levou a filiação a cair aos mais baixos níveis de todos os tempos, com pouco mais de 8% de trabalhadores sindicalizados atualmente.
Capitulando diante desses ataques, a burocracia sindical deixou de lado o melhor da tradição cutista e da sua história, que foi de ter se construído com amplo apoio na base dos trabalhadores. Em seus primeiros anos, na década de 80, a CUT realizou congressos com mais de 5 mil trabalhadores, a maioria da base, aprovando mobilizações que ajudaram a mudar a história do País e a realizar conquistas efetivas para os trabalhadores.
Hoje, a Plenária, bem como os Congressos, são dominados por diretores de sindicatos, em sua maioria acomodados e paralisados diante da ofensiva da direita e comprometidos em apoiar – quase que cegamente – as medidas do governo, que não enfrenta os bancos e a direita e não busca mobilizar os trabalhadores e suas organizações.
Mesmo nessas condições, a Plenária refletiu, moderadamente, as tendências de mobilização contidas no movimento operário, com a aprovação de medidas como a Marcha contra a Reforma Administrativa; opondo-se à política de sabotagem, defendeu a exploração da Margem Equatorial e defendeu a Venezuela contra a agressão imperialista.




