Mato Grosso do Sul

Sem demarcações, índios ampliam retomadas

No Mato Grosso do Sul, o governador Eduardo Riedel (ex-PSDB; agora no PP) instituiu os despejos ilegais, sem autorização judicial ou presença da Funai

O mandato do presidente Luís Inácio Lula da Silva caminha para o fim com nenhum avanço significativo para os povos indígenas do Brasil.

O direito às suas terras tradicionais, principal direito dos índios para sobreviverem e replicarem seus costumes, está completamente paralisado e com uma perspectiva que não melhora. Os números são tão insignificantes que desde o início do atual governo, 10 áreas foram regularizadas de um total de 14 encaminhadas para homologação, sendo que a própria Fundação Nacional do Índio (FUNAI) aponta que são 304 terras indígenas que ainda não foram finalizadas. Sem contar as terras indígenas que ainda sequer foram iniciadas.

Observando que não há uma perspectiva de melhora dessa situação, os índios estão ampliando as retomadas e realizando a chamada “autodemarcação” por todo Brasil, em particular na Bahia e no Mato Grosso do Sul.

No Mato Grosso do Sul, o governador Eduardo Riedel (ex-PSDB; agora no PP) instituiu os despejos ilegais, sem autorização judicial ou presença da Funai, do Ministério Público, contra as retomadas Guarani-caiouá. Há mais de um mês está atacando as retomadas Guyraroká e Passo Piraju, em Caarapó, e Avaeté II, em Dourados. Tudo isso ocorre com o silêncio total da esquerda e do Ministério dos Povos Indígenas, Ministério da Justiça e do Ministério dos Direitos Humanos, que apenas buscam realizar reuniões para mostrar o governo como “democrata” e “civilizado”.

Na Bahia, o governo do petista Jerônimo Rodrigues segue o mesmo caminho e organiza os ataques das forças policiais ao povo Pataxó. Casos semelhantes ocorreram no Maranhão, Rondônia e Alagoas. Foram quase uma centena de retomadas como  resposta à paralisação das demarcações.

O Governo Federal e a esquerda pequeno-burguesa buscam apenas soluções burocráticas, com reuniões e medidas que apenas dificultam ainda mais os processos de demarcação.

Contra essa paralisia, o Coletivo Terra Vermelha, juntamente com lideranças indígenas de aldeias e retomadas, apoiada por partidos de esquerda e organizações sindicais e populares estão convocando, para o próximo dia 15 de novembro, o Encontro de Luta das Retomadas e por Demarcações, no município de Dourados/MS, como uma iniciativa necessária para combater a letargia de setores da esquerda e do governo federal.

A iniciativa tem como objetivo unificar o movimento indígena em torno do processo de luta, defendendo marchas regionais e uma verdadeira mobilização nacional pelas demarcações através de retomadas.

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