Universidade Marxista

Como a Quarta Internacional reagiu à criação de ‘Israel’?

Curso que terá início em 25 de outubro irá discutir os crimes do stalinismo, como o apoio à entidade nazista

Nos dias 25 e 26 de outubro, a Universidade Marxista irá promover o seu mais novo curso: Bolchevismo e stalinismo, ministrado por João Jorge Pimenta, membro da Direção Nacional do Partido da Causa Operária (PCO). O curso irá abordar a política revolucionária frente à aberração conhecida como “stalinismo” — isto é, a política da burocracia soviética após o golpe de Estado de José Stálin contra o Partido Comunista da Rússia em 1924.

Um dos grandes crimes de Stálin foi a criação do Estado de “Israel”. O contrarrevolucionário georgiano não apenas apoiou a criação do Estado nazista, como forneceu armas, por meio da Checoslováquia, para a repressão dos palestinos.

Em 1948, ano da criação de “Israel”, a Quarta Internacional, organização fundada por Leon Trótski para agrupar a vanguarda da revolução proletária mundial, publicou um texto sobre a posição diante da questão palestina.

O texto, intitulado A Posição Trotskista na Palestina, é baseado em um outro artigo, produzido pela Liga Comunista Revolucionária da Palestina.

A principal tese da Quarta Internacional é a de que o conflito entre árabes e judeus não é um choque de civilizações, mas sim uma manobra do imperialismo para sufocar a luta de classes e dividir os trabalhadores, árabes e judeus, que antes estavam unidos em greves e lutas comuns.

O texto argumenta que a partilha foi um “compromisso entre os ladrões imperialistas” para garantir seus próprios interesses. A Grã-Bretanha, por exemplo, estaria buscando se livrar do custo de “manter a ordem” na Palestina (mais de 35 milhões de libras por ano, segundo o texto), enquanto a partilha criaria um ambiente de hostilidade entre os dois grupos, o que impediria a união de árabes e judeus em uma luta anti-imperialista. A ONU foi apresentada como uma ferramenta para legitimar essa “solução”, mascarando a natureza imperialista do plano.

O texto denuncia o sionismo como um movimento burguês que recorre aos “inimigos do povo judeu” para alcançar seus objetivos. O texto argumenta que a imigração em massa é incentivada não por motivos humanitários, mas para aumentar a circulação de bens e, crucialmente, para reduzir os salários. O Estado militarizado, por sua vez, geraria “lucros” para os capitalistas por meio de ordens militares. Para a Quarta Internacional, o “Estado judeu” não resolveria os problemas econômicos dos judeus, mas seria uma “armadilha sangrenta” para centenas de milhares deles e infestaria o Oriente Médio com o antissemitismo.

O artigo não poupa a crítica aos Partidos Comunistas da Palestina, tanto o judeu quanto o árabe, que na visão trotskista, se alinharam com o stalinismo e traíram o proletariado. O Partido Comunista da Palestina, que antes era contra a partilha, mudou de posição “da noite para o dia” após o apoio da União Soviética. Ele é acusado de se tornar o “rabo comunista” dos sionistas de esquerda e de abandonar o contato com a população árabe. De maneira semelhante, a Liga de Libertação Nacional (os “comunistas” árabes) também é criticada por se curvar às manobras diplomáticas do stalinismo, o que a fez perder credibilidade entre os trabalhadores árabes.

Para conhecer melhor a crítica do trotskismo ao conjunto dos crimes do stalinismo, inscreva-se já na Universidade Marxista.

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