A prefeitura de Khan Iunis, no sul da Faixa de Gaza, anunciou neste sábado que 85% da cidade foi destruída como resultado do genocídio israelense, com uma estimativa de 400.000 toneladas de entulho que precisam ser removidas das ruas e bairros.
Em uma coletiva de imprensa, o prefeito de Khan Iunis detalhou a escala da devastação, observando que 300 quilômetros de redes de água foram completamente destruídos, enquanto 75% do sistema de esgoto da cidade sofreu danos graves, piorando as condições de saúde e ambientais para os moradores.
A prefeitura também está lutando contra um acúmulo de mais de 350.000 toneladas de lixo, uma crise agravada pelos recursos severamente limitados e pelas condições de trabalho cada vez mais perigosas.
O prefeito relatou que apenas nove equipes municipais estão atualmente em operação, trabalhando para liberar estradas bloqueadas e pontos de acesso críticos. No entanto, ele enfatizou que seus esforços correm o risco de paralisar devido à escassez de diesel.
Ele também ressaltou a necessidade urgente de maquinário moderno capaz de remover entulho e detritos pesados, bem como novos geradores de energia para substituir aqueles que foram destruídos ou inutilizados durante os ataques.
Mais cedo hoje, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou que um consenso foi alcançado sobre as próximas etapas do plano para Gaza, revelando que em breve visitará “Israel” para discursar no parlamento, seguido de uma viagem ao Egito.
A Organização das Nações Unidas (ONU) afirmaram que a guerra devastou a Cidade de Gaza, agravando ainda mais uma crise humanitária já severa. Além disso, imagens de satélite indicaram uma destruição generalizada em toda a cidade.
O porta-voz da ONU, Stephane Dujarric, citando o Escritório para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA), disse em uma coletiva de imprensa na quinta-feira (9) que “muitas pessoas não conseguem sair do norte devido à insegurança” e descreveu palestinos deslocados à força “dormindo ao ar livre e lutando para sobreviver, em meio à grave escassez de alimentos e abrigos”.
Segundo Dujarric, “hoje, o Centro de Satélites da ONU publicou uma análise preliminar mostrando que a extensão dos danos apenas na Cidade de Gaza abrange 83% das estruturas. Cerca de 81.000 unidades habitacionais foram danificadas”.
Na terça-feira (7), as forças de ocupação israelenses intensificaram sua campanha de destruição na Cidade de Gaza, realizando demolições e bombardeios maciços que deixaram bairros inteiros em ruínas e civis presos sob cerco.
Segundo o correspondente da Al Mayadeen na Faixa de Gaza, as Forças de Ocupação Israelenses detonaram três veículos blindados carregados com toneladas de explosivos para destruir casas na área de al-Maghribi, no bairro de al-Sabra, ao sul da Cidade de Gaza. As explosões destruíram vários quarteirões residenciais e deslocaram dezenas de famílias.
O correspondente acrescentou que as forças israelenses conduziram operações de demolição em larga escala no campo de refugiados de al-Shati, a oeste da Cidade de Gaza, enquanto cercavam vários bairros onde os moradores permanecem presos, uma situação que grupos humanitários alertam que pode se tornar catastrófica.





