No ato realizado nesta terça-feira (7), em São Paulo, em defesa da Resistência Palestina, o jornalista Breno Altman fez um dos discursos mais contundentes da noite. Diante de uma plateia lotada, Altman parabenizou o Partido da Causa Operária (PCO) pela “coragem de organizar um ato que reivindica o direito dos povos a se rebelar contra as forças coloniais e imperialistas”.
Logo no início de sua fala, Altman destacou a importância de não apenas denunciar o genocídio em curso na Faixa de Gaza, mas também de reconhecer o heroísmo do povo palestino. “Não é apenas a dor do povo palestino que merece nossa homenagem, mas a sua capacidade de luta, resistência e rebelião”, afirmou.
O jornalista classificou o ataque de 7 de outubro de 2023 como um “contra-ataque à dominação colonial sionista”, afirmando que a ação do Hamas e das forças da Resistência Palestina foi “justificada tanto do ponto de vista legal quanto moral”. Citando a Resolução 3103 da ONU, de 1973, Altman lembrou que “todas as formas de luta são legítimas contra o colonialismo”.
Segundo ele, o 7 de outubro representou uma virada histórica:
“A questão palestina caminhava para o arquivo morto da história. Foi o 7 de outubro que recolocou a Palestina no centro da política mundial e inspirou a maior onda de mobilização popular desde a Guerra do Vietnã.”
Altman ressaltou ainda que o povo palestino “luta praticamente sozinho”, cercado e sem acesso a recursos ou armamentos, o que torna sua resistência “uma das demonstrações de heroísmo mais extraordinárias da era moderna”.
Em resposta às calúnias contra a resistência palestina, o jornalista comparou o Hamas às forças de libertação que enfrentaram regimes opressores ao longo da história.
“O Hamas é chamado de terrorista, mas também foram chamados de terroristas os que resistiram ao nazismo na Itália e na França, os que lutaram contra a ditadura no Brasil e o Congresso Nacional Africano que combateu o apartheid”, declarou.
Altman inverteu o discurso dominante, afirmando que “os verdadeiros terroristas são os Estados coloniais” e que as organizações que lideram levantes armados “são legítimas e heroicas expressões dos povos oprimidos”.
Encerrando sua intervenção, Breno Altman afirmou que a luta palestina ultrapassa as fronteiras do Oriente Médio e representa o embate central contra o sistema imperialista global.
“O povo palestino assumiu nos ombros a parte mais dura da luta contra o sistema que oprime todos os povos do mundo. Estar ao lado da Palestina não é apenas um ato de solidariedade — é uma necessidade moral e política de todos os que lutam pela libertação da humanidade.”





