Uma manifestação na manhã desta terça-feira (7) foi reprimida pela Polícia Militar do Distrito Federal (PM-DF), atualmente sob comando do governador Ibaneis Rocha (MDB). O ato, que protestava contra o genocídio na Faixa de Gaza, teve três pessoas presas.
A Polícia Militar iniciou a confusão acusando um dos manifestantes de portar uma faca. Nenhum ativista presente no ato, no entanto, afirmou ter visto tal arma. Um dos policiais, em seguida, afirmou que o manifestante jogou a faca no chão, também não mostrando nenhuma prova disso.
Em seguida, os agentes da PM brasiliense partiram para cima da manifestação, agredindo os presentes com cassetete e spray de pimenta. Um dos jornalistas deste Diário foi atingido diretamente pelo gás enquanto filmava a agressão a outro manifestante.
Então, os policiais alegarem ter sido atacados por outros dois manifestantes, que também foram presos. Algumas horas após terem sido levados para a 5ª Delegacia da capital federal, os ativistas, que faziam parte de delegações de Minas Gerais e Goiás, foram soltos.
Em um vídeo gravado por nossa equipe, manifestantes aparecem gritando “abaixo a repressão”. Um correspondente do Diário Causa Operária chegou a perguntar o motivo das detenções, quando o policial identificado por Major da Silva se limitou a apontar para a barra suja de sua calça, alegando ter sido agredido pelos ativistas.
Confira, abaixo, vídeo exclusivo que mostra toda a repressão contra a manifestação:
Convocada por diferentes organizações, a manifestação acontecia em frente à Embaixada dos Estados Unidos. Não é por acaso, portanto, a repressão ao ato: os Estados Unidos são o maior apoiador do genocídio que acontece na Faixa de Gaza.
A repressão a uma manifestação pequena, que transcorria sem incidentes, revela que os policiais brasileiros estão a serviço não do povo brasileiro, mas sim dos serviços de inteligência norte-americanos e israelenses.
Também tentamos entrar em contato com o governo do Distrito Federal e sua Secretaria de Segurança Pública, mas ainda não obtivemos resposta.





