As manifestações que ocorrem no mundo contra o genocídio na Faixa de Gaza, incluindo a recente greve geral na Itália e as manifestações em apoio ao grupo britânico proscrito Palestine Action, mostram que a derrota do sionismo no terreno da propaganda internacional é total. Caiu por terra a ideia de que o Estado de “Israel” é uma entidade que está apenas “se defendendo” dos países vizinhos.
Essa derrota na propaganda, por sua vez, é muito importante para a luta de classes internacional. O sionismo veio construindo essa imagem de que representa um povo sofrido e perseguido há mais de 100 anos. Começou muito antes do próprio holocausto nazista.
A estrutura internacional do sionismo que deu lugar a essa propaganda só foi possível com muito investimento. Começou com os Barão de Rothschild e foi evoluindo até que se transformasse em um negócio gigantesco. Ao longo da história, vários grupos de bilionários apoiaram o sionismo. O Comitê Norte-Americano-Israelense para Assuntos Públicos (AIPAC, na sigla em inglês), por exemplo, controla uma parte substancial do Congresso Nacional norte-americano.
Foram escritos incontáveis livros e centenas de filmes. Trata-se de uma máquina de propaganda difícil até de ser mensurada.
Isso tudo, no entanto, desmoronou como um castelo de cartas, em apenas dois anos, devido à ação da Resistência Palestina. A estrutura desmoronou e jamais será reerguida. Ninguém irá juntar as ruínas da propaganda sionista e reconstruir tudo, pois “Israel” já perdeu o sentido de sua existência. Não vale à pena, para o imperialismo, sustentar uma estrutura tão custos, se essa estrutura é incapaz de dar conta de um grupo guerrilheiro.
O Estado de “Israel” está condenado na opinião internacional como um Estado criminoso da pior espécie. Está sofrendo o que acabou sendo o destino da África do Sul, que foi também defendida pelas “democracias” durante muito tempo, em particular os Estados Unidos, até que, em um dado momento, a tudo precisou vir abaixo.
É muita arrogância do sionismo e do imperialismo acreditar que, na era da Internet, os seus crimes de guerra não comoveriam o mundo. A existência de “Israel” está com os dias contados.





