Em artigo publicado pelo Poder360, o advogado Antônio Carlos de Almeida Castro “Kakay” saiu, como era de se esperar, em defesa das novas barbaridades da ditadura do Supremo Tribunal Federal (STF). Uma vez mais, Kakay usou seu espaço no portal para repetir o discurso da Globo e das ONGs contra a democracia brasileira.
Kakay defende que a condenação de Bolsonaro pelo Judiciário golpista seria uma vitória da “democracia” e que os atos convocados por Caetano Veloso e Paula Lavigne, a serviço da Globo, expressariam o clamor popular.
Nada poderia ser mais falso. Ao sustentar que “os líderes milicianos e fascistas estão prestes a serem presos em presídios comuns” graças à ação do Judiciário, Kakay celebra justamente o mesmo poder que foi o pilar central do golpe de 2016 e da prisão arbitrária de Lula. A suposta “Justiça” que ele agora aplaude foi a mesma que abriu caminho para o próprio Bolsonaro chegar à Presidência.
O ponto mais grotesco do texto é quando Kakay descreve como “espetacular” a reação das ruas contra a PEC das Prerrogativas. Segundo ele, não foi a esquerda, mas sim “o cidadão que não faz política” que se levantou para barrar o que apelida de “projeto da bandidagem”.
Na prática, Kakay quer que acreditemos que algumas milhares de pessoas levadas às ruas por Paula Lavigne e pela Globo representam as demandas mais viscerais do povo brasileiro. Um raciocínio tão ingênuo que beira o ridículo: tratar atos de ONGs financiadas pelo imperialismo como se fossem uma genuína revolta popular é fechar os olhos para a manipulação mais descarada.
A linha política de Kakay é cristalina: fortalecer o Judiciário como poder supremo, apresentar Lula como fiador da ordem e, ao mesmo tempo, legitimar as “revoluções coloridas” à brasileira, em que ONGs e a Globo fabricam mobilizações para impor os interesses do imperialismo.
Quando Kakay escreve que “o Senado deu um tapa na cara da Câmara” ao enterrar a PEC, ele explicita sua visão: a vontade de 513 deputados eleitos pelo voto direto deve ser anulada em nome da pressão do imperialismo e das manobras da cúpula do Judiciário. É a defesa aberta da substituição da soberania popular por um regime de tutela.
Kakay se apresenta como advogado da “democracia”, mas seu texto é, na verdade, uma apologia da ditadura do Judiciário e da manipulação imperialista por meio das ONGs. Defender a condenação farsesca de Bolsonaro não é combater a extrema direita; é abrir as portas para que amanhã qualquer partido popular seja esmagado pelo mesmo mecanismo. Aplaudir os atos da Globo não é exaltar a democracia; é legitimar a ingerência imperialista.





