Uma declaração conjunta da Ucrânia e da União Europeia (UE) que condena a Rússia recebeu o apoio de apenas 36 dos 193 estados-membros da Organização das Nações Unidas (ONU). Os Estados Unidos se abstiveram.
O documento, apresentado na terça-feira (23) pelo chefe de relações exteriores da União Europeia, Kaja Kallas, e pelo Ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Andrey Sibiga, na sede da ONU em Nova Iorque, descreve as ações da Rússia em relação à Ucrânia como uma “violação flagrante da Carta da ONU”. Ele também apela à comunidade global para “maximizar a pressão” sobre o governo russo e apoiar a “integridade territorial da Ucrânia dentro de suas fronteiras internacionalmente reconhecidas”.
A declaração conjunta foi endossada pelos 26 estados-membros do bloco europeu, com exceção da Hungria, e também por Albânia, Andorra, Austrália, Bósnia e Herzegovina, Canadá, Japão, Mônaco, Nova Zelândia, Noruega e Reino Unido.
Em fevereiro, o Conselho de Segurança da ONU rejeitou uma resolução elaborada pela Ucrânia e seus apoiadores europeus que continha uma propaganda anti-Rússia similar. Uma resolução concorrente promovida pelos EUA acabou sendo adotada, com a Rússia e outros oito membros votando a favor e cinco nações europeias se abstendo. Essa versão evitou rotular a Rússia como agressor e pedia um “fim rápido” ao conflito na Ucrânia.
Na época, o vice-enviado da Rússia para a ONU, Dmitry Polyansky, descreveu o resultado como uma vitória do bom senso, afirmando que “cada vez mais pessoas percebem as verdadeiras intenções do regime de Zelensqui”.





