Nesta segunda-feira (22), uma chuva com ventos fortes atingiu o estado de São Paulo. Como não poderia deixar de ser, centenas de milhares de pessoas foram afetadas com inundações, quedas de árvores e falta de energia. Os registros mostram que as zonas norte e oeste foram as mais afetadas.
As informações do jornal Metrópoles dão conta de que o Corpo de Bombeiros atendeu 875 chamadas para quedas de árvores, 28 para desabamentos e 21 para enchentes, no período entre 0h e 22h da segunda-feira. De acordo com o último balanço da Defesa Civil, durante o temporal, houve registro de 24 pessoas feridas, 8 desabrigadas, 33 desalojadas e nenhum registro de óbitos ou desaparecidos.
Como de costume, apesar da chuva forte e dos ventos terem chegado em alguns locais a 100 km por hora, houve um apagão quase que generalizado na região metropolitana do Estado. Segundo a concessionária de energia privada Enel, mais de 587 mil endereços tiveram queda de luz — em Cajamar, mais de 93% dos imóveis ficaram sem luz.
Mostrando toda sua ineficiência, falta de precaução e responsabilidade para com a população, ainda pela manhã desta terça-feira (23), cerca de 900 mil imóveis na região do ABC paulista e zona sul de São Paulo ficaram sem energia elétrica, após problema em uma subestação elétrica que é controlada pela Enel. As regiões mais afetadas foram os municípios de Santo André, São Bernardo, São Caetano e Diadema, no ABC, e bairros como Jabaquara, Vila Mariana e Ipiranga, na zona sul.
Na capital, 168 mil pessoas estavam sem energia nesta manhã de terça, o equivalente a 2,9% dos clientes. Segundo a Enel, os bairros mais afetados pela queda de luz foram Pinheiros, Parelheiros, Tucuruvi, Lapa e Vila Andrade. A cidade de Cotia, a 45 km de São Paulo, suspendeu as aulas em toda a rede municipal por causa dos danos da chuva.
Não é segredo para ninguém a falta de manutenção e de efetivo de trabalhadores no setor elétrico de São Paulo. Até mesmo o direitista Ricardo Nunes (MDB), prefeito da capital, em entrevista para a Globo, criticou a Enel por não “aumentar as suas equipes” de trabalho nas ruas. Ele acrescentou que, em algumas situações, a concessionária demora para chegar aos locais.
“A Enel sempre destacou muito isso, quis colocar a culpa nas árvores. Mas existem muitos locais que estão sem energia e não têm nenhuma relação com a queda de árvores.”, disse Nunes.
O Aeroporto de Guarulhos teve 25 voos cancelados, o teto de um estacionamento no Brás desabou, atingindo vários carros. Ainda no Brás, telhas da estação se soltaram. Um passageiro teve ferimentos e foi levado à UPA (Unidade de Pronto Atendimento) da Mooca, segundo a CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos).



