Mato Grosso do Sul

Guarani-caiouá fazem retomada e são ameaçados pelo governador

Índios Guarani-caiouá realizam retomada em Caarapó contra paralisia da demarcação e são violentamente atacados pela PM a mando do governador Eduardo Riedel

Neste último domingo (14), índios Guarani-caiouá retomaram a Fazenda Ipuitã, localizada dentro dos limites da Terra Indígena Guyraroká, no município de Caarapó, Mato Grosso do Sul. A retomada ocorreu devido às precárias condições de vida da comunidade, que tem aproximadamente cem pessoas vivendo em menos de 50 hectares, e à constante utilização de agrotóxicos por parte dos fazendeiros da região.

Segundo os índios, as pulverizações aéreas são constantes sobre a comunidade e até mesmo sobre a escola da aldeia. Conforme as denúncias, já ocorreram casos de intoxicação e, no mais grave deles, quatro crianças foram hospitalizadas após o uso de agrotóxicos direcionados à escola, uma tática para forçar a saída dos índios de suas terras retomadas.

A inércia do governo e a violência do latifúndio

A Terra Indígena Guyraroká foi declarada em 2009 pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública, com 11.400 hectares. No entanto, a demarcação não avançou devido à total paralisação do governo federal. Outro fator foi a decisão da Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) que, em 2014, anulou todo o processo com base na tese do marco temporal, abrindo caminho para a violência do Estado e dos latifundiários.

Polícia ataca e expulsa os Guarani-caiouá

Horas após a retomada, policiais civis e militares estiveram no local e ameaçaram as famílias, que prontamente enfrentaram a violência policial e as ameaças. Os policiais disseram que voltariam com mais efetivo para expulsar violentamente os índios.

Nesta segunda-feira (22/09), policiais civis e militares, acompanhados pelo Departamento de Operações de Fronteira (DOF), retornaram à área, agrediram os índios e ameaçaram prender alguns deles com a falsa alegação de que havia reféns, o que não foi confirmado.

Com um efetivo de mais de 50 policiais, a polícia militar entrou na área de forma violenta e expulsou os índios sem nenhuma autorização judicial e sem a presença obrigatória da Funai e do Ministério Público.

Após a chegada da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), a comunidade recuou devido à violência e às promessas de que a aplicação de agrotóxicos no entorno cessaria. Contudo, a violência continua e os índios permanecem ameaçados pelas ações da polícia militar que ainda ronda a comunidade.

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