Oriente Médio

Iêmen responde ameaça de ‘Israel’: abriremos portões do inferno

Governo iemenita anunciou que está colocando em serviço novos armamentos contra Estado sionista

Um dirigente do Ansar Alá declarou, neste sábado (20), que as Forças Armadas do Iêmen responderão de maneira devastadora a qualquer agressão de “Israel”. Hizam al-Assad, integrante do birô político do partido, afirmou que “abriremos os portões do inferno” caso Telavive tente executar suas ameaças contra a direção iemenita. Segundo ele, “colocamos em serviço novos equipamentos militares produzidos no país”, destacando que o Iêmen “não teme intimidações”.

As declarações ocorrem após o ministro de Assuntos Militares de “Israel”, Israel Katz, publicar na sexta-feira (19), na rede X: “Abdul-Malik al-Houthi, sua vez está chegando. Você será enviado para se juntar ao seu governo e a todos os membros do Eixo do Mal, que o aguardam nas profundezas do inferno”. Katz também vangloriou-se ao dizer que a bandeira do Ansar Alá “será substituída pela bandeira azul e branca” de “Israel” em Saná.

Ameaças de Katz e a resposta iemenita

Al-Assad classificou as bravatas do ministro sionista como “expressão de derrota” diante da atuação iemenita: “dadas nossas operações em curso contra os ocupantes sionistas, as ameaças do criminoso Katz indicam claramente um sentimento de derrota”. Ele ainda ridicularizou a promessa de hastear a bandeira sionista na capital: “Saná está mais distante dele do que o próprio sol; ele não será capaz de alcançá-la”.

O dirigente do Ansar Alá também rechaçou a ameaça de assassinato dirigida ao líder Abdul-Malik al-Houthi e recordou que o regime sionista já promoveu ataques diretos a autoridades iemenitas. Em 28 de agosto, um bombardeio israelense em Saná assassinou o primeiro-ministro, Ahmed Ghalib al-Rahawi, e outros ministros. Para al-Assad, “qualquer passo estúpido” semelhante “será enfrentado com força”.

‘Novos armamentos nacionais’ e prontidão

Sem detalhar modelos ou alcances, al-Assad informou que o Iêmen incorporou “novos equipamentos militares de fabricação nacional” ao arsenal estatal. O anúncio reforça a mensagem de prontidão frente a ameaças externas e busca dissuadir novas agressões. Para o Ansar Alá, a aposta de Telavive em assassinatos seletivos e operações de intimidação “fracassará diante de uma frente preparada”.

Bloqueio marítimo e ataques de apoio à Palestina

Desde outubro de 2023, quando se intensificou o genocídio contra Gaza, as forças iemenitas implementaram um bloqueio marítimo estratégico para impedir o envio de recursos militares ao regime sionista e de pressionar a comunidade internacional a agir diante da matança em Gaza. Paralelamente, realizaram ataques com mísseis e aeronaves não tripuladas contra alvos nos territórios ocupados, como parte do apoio à resistência palestina.

O comando das Forças Armadas do Iêmen já havia reiterado que as operações continuarão “até que ‘Israel’ encerre a ofensiva terrestre e aérea” contra Gaza. O saldo de assassinados palestinos chegou a 65.208 pessoas — em sua maioria mulheres e crianças — desde o início da agressão, segundo o Ministério da Saúde de Gaza.

‘Abriremos os portões do inferno’

A principal advertência feita por al-Assad resume a política iemenita: “se o regime de Telavive cometer qualquer erro estúpido, abriremos os portões do inferno contra a entidade sionista”. O dirigente afirmou que ameaças como as proferidas por Katz “não alteram o quadro militar”, no qual o Iêmen “segue ampliando capacidades e ajustando sua postura” em função da agressão contra o povo palestino.

Enquanto isso, ‘Israel’ continua invasão na Síria

Enquanto a tensão cresce no eixo Iêmen-Palestina, forças israelenses mantêm a invasão terrestre no sul da Síria e a instalação de “barreiras de inspeção”. No sábado, tropas avançaram até a vila de Ma’ariya, na região de Yarmouk, oeste de Daraa, onde montaram um posto de controle no lado leste da localidade e passaram a revistar civis. Outros contingentes foram deslocados em direção às vilas de Koya e Abidin. Na província de Quneitra, cinco veículos militares entraram em al-Samadaniya al-Sharqiya para erguer novo ponto de bloqueio, com soldados em posição e sobrevoo de drones de reconhecimento.

Desde o golpe de Estado contra o ex-presidente Bashar Al-Assad, os ataques de “Israel” contra a Síria se intensificaram. Incursões quase diárias atingem vilarejos nas áreas fronteiriças de Daraa, Quneitra e zona rural de Damasco. Em relatório publicado em 17 de setembro, a organização Human Rights Watch acusou “Israel” de crimes de guerra no sul da Síria, incluindo expulsões forçadas e demolições de casas na zona tampão das Colinas de Golã ocupadas; a entidade afirma ter reunido depoimentos, imagens de satélite e material visual que corroboram prisões arbitrárias e bloqueio de meios de subsistência.

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