O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e a Polícia Federal realizaram uma operação criminosa contra os guarani-caiuá, do Estado de Mato Grosso do Sul.
Denuncias dão conta que as equipes do Ibama realizaram ações em seis municípios (Dourados, Caarapó, Juti, Antônio João, Aral Moreira e Japorã), onde se localizam terras da etnia.
Essa operação é criminosa não porque os índios estejam arrendando suas terras, mas porque os órgãos ambientais estão retirando o pouco sustento daqueles que vivem em situação de extrema necessidade.
Na maioria das vezes, o arrendamento é uma necessidade e realizado em pequena escala para que o indígena tenha alguma atividade econômica, visto que o Estado não dá as mínimas condições de financiamento da produção ou desenvolvendo economicamente as terras indígenas, forçando os índios a viverem de maneira humilhante, dependendo do valor miserável do Bolsa Família e de apenas uma cesta básica por mês.
As terras indígenas não são áreas de preservação ambiental e devem ser constituídas para que o índio mantenha o seu modo de vida tradicional ou, caso decida, realize uma atividade econômica para melhorar as condições de toda a comunidade.
Perseguição e repressão
As multas e a proibição do arrendamento pelo Estado são mais um pretexto para quem sempre atacou o movimento indígena que está à frente da luta pela terra ou para desmoralizar as demarcações.
O Estado utilizará essa desculpa, quando a motivação da perseguição por “luta pela terra” não existe na legislação, mas o “crime de arrendar”, sim.
Que os índios decidam
Enquanto aos latifundiários assassinos, grileiros e jagunços tudo é permitido e acobertado pelo Estado, a polícia e os órgãos de defesa do meio ambiente nunca estiveram ao lado dos indígenas e de sua luta.
A polícia sempre persegue, massacra e mata os indígenas, atuando como pistoleiros do latifúndio e os órgãos ambientais não se preocupam com a condição dos índios, dizem querer que as áreas indígenas sejam de preservação ambiental, custe o que custar. Incluindo viver na pobreza!
É preciso lutar pelo fim da tutela do Estado sobre o índio e da influência das ONG`s que não estão interessadas na situação do indígena, mas apenas na defesa de interesses próprios e de seus financiadores internacionais.


