Durante sua entrevista à TV 247 desta sexta-feira (19), o presidente do Partido da Causa Operária (PCO), Rui Costa Pimenta, explicou que Proposta de Emenda Constitucional (PEC) das Prerrogativas visa garantir a imunidade de parlamentares contra processos judiciais. Pimenta argumentou que a medida é um mecanismo histórico para proteger o Legislativo de perseguições de outros poderes, como o Executivo e o Judiciário. Ele se mostrou surpreso com a campanha contrária à PEC, liderada pela rede Globo e endossada por parte da esquerda. “A imunidade parlamentar surgiu praticamente junto com o parlamento. Ela serve para evitar que um Executivo autoritário comece a dominar os parlamentares”, afirmou.
Para Pimenta, a oposição à PEC é uma manobra que visa dar ao Supremo Tribunal Federal (STF) o controle do Congresso Nacional, permitindo que deputados sejam processados por suas opiniões políticas, uma prática antidemocrática. Em sua análise, a campanha contra a PEC é uma campanha “lavajatista”, focada no moralismo e na luta contra a corrupção, mas que, na prática, destrói o sistema de garantias democráticas.
Ao longo da entrevista, Rui Costa Pimenta reforçou a crítica a setores da esquerda brasileira que, segundo ele, adotam um “PSDBismo que não quer morrer”. O presidente do PCO também comentou sobre a campanha do músico Caetano Veloso contra a PEC, revelando que a ação é organizada por uma empresa de publicidade ligada ao Washington Brazil Office, uma ONG do imperialismo. “É uma campanha direta do imperialismo. O sentido da campanha contra a PEC é que os deputados têm que ficar à mercê do STF”, enfatizou.
Pimenta também abordou a postura do governo Lula em relação a questões internacionais. Ele defendeu que o Brasil deveria ter uma posição mais incisiva contra as agressões dos Estados Unidos à Venezuela, classificando a “neutralidade” do governo como uma forma de conivência. Pimenta lamentou a falta de mobilização da esquerda brasileira em defesa da Venezuela, destacando que o único ato público contra a agressão foi organizado pelo seu partido, o PCO.
Por fim, Rui Costa Pimenta alertou para os riscos de a política externa de Lula, que busca uma “frente de governos democráticos” com líderes como Macron (França) e Starmer (Inglaterra), que também reprimem seus povos, favorecer os inimigos do povo trabalhador. Ele reafirmou a necessidade de uma política independente e de defesa da soberania dos países latino-americanos contra o imperialismo.





