O relator do julgamento de Jair Bolsonaro (PL) no Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, declarou seu voto nesta terça-feira (9). E, para a surpresa de absolutamente ninguém, Moraes defendeu a condenação de Bolsonaro, acatando as teses apresentadas pela Procuradoria-Geral da República (PGR).
Durante todo o processo contra o ex-presidente, a atuação de Moraes tinha claramente o objetivo de condená-lo. Em um dos casos mais grotescos da história jurídica brasileira, Moraes é juiz, promotor e vítima ao mesmo tempo. Emitiu prisões arbitrárias, inventou o banimento da rede social, impôs multas absurdas. Em resumo, subverteu completamente qualquer ideia de um Estado democrático de direito.
Quanto mais arbitrariedades o juiz cometia, mais discurso em defesa da “democracia”. O juiz chegou até mesmo a assistir um jogo do Corinthians no estádio, em uma tentativa muito malsucedida de demonstrar popularidade.
O interesse de Moraes condenar Bolsonaro sempre foi algo explícito. A única questão que estava em aberto era se a burguesia tinha as condições necessárias para a condenação. No entanto, um artigo recente publicado pela revista britânica The Economist expôs claramente que, apesar da preocupação com o radialismo da base bolsonarista, o ex-presidente deveria ser condenado.
O voto de Moraes foi um resumo de tudo isso. Como um tirano, refutou todas as preliminares da defesa, incluindo aquelas que diziam diretamente respeito a ele, como a coação a Cid. Como parte do processo golpista, endossou tudo o que disse a PGR. E como demagogo, passou a maior parte do tempo fazendo seus discursos macarrônicos em defesa de uma “democracia” que só existe na cabeça dele.





