Em um discurso no parlamento nacional na sexta-feira (29), o ministro das Relações Exteriores do Turquia, Hakan Fidan Fidan disse que a Turquia “cortou completamente nosso comércio com ‘Israel’” e fechou os portos para navios israelenses.
“Não estamos permitindo que navios de contêineres que transportam armas e munições para ‘Israel’ entrem em nossos portos, e que aviões entrem em nosso espaço aéreo.”
Fidan também disse que navios com bandeira turca estão proibidos de atracar em portos israelenses, e embarcações israelenses estão proibidas de entrar em portos turcos.
Uma fonte diplomática turca disse à agência britânica Reuters que as restrições de voo visam apenas voos oficiais israelenses e aviões com armas ou munições, e não o trânsito rotineiro de companhias aéreas comerciais.
A agência também relatou que as autoridades portuárias turcas agora exigem informalmente que os agentes de navegação atestem que as embarcações não estão ligadas a “Israel” e não transportam carga militar ou perigosa com destino à Palestina Ocupada.
Apesar do anúncio recente, um militar israelense teria relatado ao jornal sionista Jerusalem Post que a Turquia “já havia anunciado o corte das relações econômicas com Israel no passado, e as relações continuaram”, aparentemente se referindo à suspensão de importações e exportações da Turquia em maio.
Os comentários do ministro são a mais recente indicação do deterioramento das relações entre a Turquia e “Israel”, que foram profundamente abaladas pela guerra em Gaza. Erdogan relações com a Irmandade Muçulmana, que, por sua vez, está ligada ao Hamas desde a origem do grupo palestino.
A pressão da base muçulmana contra Erdogan tem levado o presidente turco a defender publicamente a atuação da resistência palestina. Recep Tayyip Erdogan já havia chamado o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu de “o açougueiro de Gaza” e o comparado ao líder nazista Adolf Hitler.
A Turquia se encontra em um momento de grande fragilidade após ter apoiado a queda do presidente sírio Bashar Al-Assad, o que permitiu uma intervenção maior do imperialismo em um país vizinho.





