O ex-Conselheiro de Segurança Nacional dos Estados Unidos, Jake Sullivan, disse na última quarta-feira (27) que apoiaria a retenção da venda de armas para “Israel”, marcando uma mudança notável depois de ele ter passado um ano e meio fazendo um lobby intenso contra tais esforços.
“Na verdade, eu disse a alguns membros que estavam pensando em votar nessas resoluções que a situação atual, após o colapso do cessar-fogo em março, significa que um voto para reter armas de Israel é uma posição totalmente credível. Essa é uma posição que eu apoiaria”, disse Sullivan no podcast Bulwark.
Sullivan estava se referindo a uma resolução recente do senador Bernie Sanders, que, pela primeira vez, viu mais da metade do grupo democrata do Senado endossar tal posição, uma postura contra a qual Sullivan e a Casa Branca haviam feito um lobby forte contra os democratas durante os meses finais do governo de Joe Biden, quando Sanders fez seu primeiro esforço desse tipo.
Ele continuou reformulando a questão em torno do futuro da relação entre Estados Unidos e “Israel”, questionando se os Estados Unidos estariam lidando com o mesmo primeiro-ministro ou se havia potencial para mudança política dentro de “Israel”.
Sullivan acrescentou que essa direção política moldaria fundamentalmente a natureza da relação e o regime de “Israel” nos próximos anos, afirmando que teria um enorme impacto e alertando que, sem mudança, a entidade se tornaria irreconhecível, um sentimento que muitos israelenses compartilhariam.
Em 30 de julho, o Senado dos EUA rejeitou uma resolução que visava interromper a venda de armas dos EUA para “Israel”, uma ação que expôs as divisões cada vez mais profundas entre os democratas e destacou a crescente frustração com a conduta de “Israel” em Gaza.
Liderada pelo senador progressista Bernie Sanders, a resolução foi derrotada por 27 a 70, marcando uma nova tentativa de bloquear as transferências de armas para “Israel” em face da piora da crise humanitária em Gaza e da agressão militar em andamento.





