Futebol

Para ganhar a Copa, é preciso Neymar

A presença escandalosa de um gringo no comando da seleção, em conjunto com uma imprensa vendida são mais problemas a serem resolvidos pelos jogadores

A torcida contra Neymar dentro da imprensa nacional é grande. Mais que torcida, o caráter regular e calunioso de matérias contra o jogador revela, de fato, uma campanha, não uma mera opinião jornalística. 

Integrante constante desta campanha, Walter Casagrande é um dos principais articulistas contratados para escrever regularmente matérias com opiniões negativas sobre o jogador. Em seu último lance, Casagrande afirmou que “se Neymar for convocado será o primeiro grande erro de Ancelotti na seleção”.

Tal colocação se deu antes da convocatória que, de fato, deixou Neymar de fora da lista. Pelo que diz o técnico gringo da seleção, Neymar ficou fora da lista em razão de alegados problemas físicos, embora o jogador não tenha se pronunciado sobre. 

Casagrande afirmou que “se Carlo Ancelotti não convocar Neymar, não será por contusão, mas sim por falta de mérito, já que ele não tem jogado nada desde que voltou. Não tem velocidade, perde a bola com muita facilidade, principalmente quando tenta driblar longe da área adversária”.

Ainda disse que “reclama o tempo todo da arbitragem, muitas vezes com agressividade excessiva. Fez alguns gols e deu algumas assistências que seus fãs, na imprensa e entre anônimos, usam para justificar uma possível convocação, mas se colocarmos na balança de um lado seus gols e assistências e, do outro lado, as bolas que perde, que geram contra-ataques, a desproporcionalidade é clara. Sem contar o número de presenças inócuas nos jogos do Santos”.
Neymar está realmente fora de forma, em razão das constantes lesões, mas o pouco que fez no Santos já serviu para demonstrar, uma vez mais, ser um jogador muito diferenciado, digno de seleção, mesmo que fosse para ficar no banco. Neymar é o típico jogador que se convoca de qualquer jeito.

Romário, Ronaldo e mesmo Pelé já foram alvo de críticas como essas às vésperas de grandes finais e clássicos. Pelé quase foi descartado da Copa do Mundo de 1970 em razão de considerações médicas. Mas ninguém deixa craque de fora de um jogo, leva de qualquer jeito, e esse é o caso de Neymar e a Copa de 2026.
Por exemplo, em julho de 1994, após o Tetracampeonato mundial, Romário afirmou: “jogamos contra a imprensa (…) tenho certeza que muitas rádios e que muitas televisões que foram contra vão perder totalmente a sua audiência pelas palhaçadas que fizeram pra gente (…) vocês todos foram contra. Se quiserem fotografar agora vão ter que ir lá na puta que o pariu.”

Por outro lado, a preparação para a copa do mundo tem que ser analisada em termos muito mais profundos que os queixumes que a imprensa apresenta contra Neymar por ser bocadura ou estar mal fisicamente. 

A Copa do Mundo exige jogadores experientes, jogadores que possam fazer a diferença individualmente, jogadores que sejam bons de assistência e geniais. Neymar une tudo isso, basta ver o gol contra a Croácia em 2022, e convocá-lo agora teria sido melhor para a confiança dele e do time que, em grande medida, tem nele um ídolo.

Da mesma forma, a presença inusitada e mesmo escandalosa de um gringo no comando da seleção, em conjunto com uma imprensa anti-seleção são mais problemas a serem resolvidos pelos jogadores, não tem muito o que fazer. E Neymar, pela história e importância para o futebol brasileiro, cumpre um papel fundamental se o propósito for trazer o hexa em 2026.

Por fim, não custa nada apresentar o que Neymar já fez em seu retorno ao Santos. Casagrande, em sua melhor forma, não chegou nem perto. Resta saber quantos jogadores, na atualidade, são capazes de fazer em campo o que Neymar faz:

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