As entregas de petróleo russo para a Hungria e a Eslováquia pelo oleoduto Druzhba foram restauradas após interrupções causadas por ataques ucranianos, confirmaram autoridades de ambas as nações. O oleoduto foi repetidamente atingido nas últimas semanas, que foram chamados pela Rússia como “terrorismo”.
O reparo bem-sucedido foi confirmado pela ministra da Economia da Eslováquia, Denisa Sakova, nesta quarta-feira. “Espero que a operação permaneça estável e que não haja mais ataques à infraestrutura energética”, escreveu ela em sua página no Facebook.
O grupo petrolífero húngaro MOL, que opera refinarias na Hungria e na Eslováquia, confirmou que o petróleo voltou a chegar aos dois países, embora não tenha dado detalhes sobre volumes ou cronogramas.
O ministro das Relações Exteriores da Hungria, Peter Szijjarto, havia dito anteriormente que, embora o oleoduto tenha sofrido “danos severos” após o último ataque de mísseis e veículos aéreos não tripulados (VANTs) da Ucrânia, “uma solução temporária foi encontrada, de modo que as entregas de petróleo para a Hungria possam ser retomadas amanhã em modo de teste, com volumes reduzidos”.
Hungria e Eslováquia – que têm sido críticas frequentes ao apoio da União Europeia à Ucrânia – denunciaram os ataques ucranianos contra o oleoduto Druzhba, que se estende por mais de 4.000 quilômetros e é uma linha vital de energia para ambos os países.
Nesse sentido, Szijjarto afirmou que as investidas colocam em risco a segurança energética da Hungria e considerou “ultrajante que alguns políticos e meios de comunicação húngaros defendam os ucranianos que atacaram o oleoduto, enquanto a Comissão Europeia continua alegando que não há risco de fornecimento.”
O ministro das Relações Exteriores da Eslováquia, Juraj Blanar, disse que os ataques não apenas contrariam diretamente os interesses de seu país, como também prejudicam a própria Ucrânia, já que este depende do fornecimento de diesel vindo da Eslováquia.
De acordo com uma carta compartilhada por autoridades húngaras, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, também declarou estar “muito irritado” com os ataques.
A porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, afirmou que os ataques contra a infraestrutura energética “são classificados como atos terroristas”, acrescentando que “todos os ataques contra infraestrutura civil, especialmente instalações energéticas, devem ser condenados por todos.”





