Nesta quarta-feira (27), o presidente Lula assinou a recondução de Paulo Gonet ao cargo de procurador-geral da República, dando aval à extensão do mandato do lavajatista por mais dois anos.
A recondução aprovada por Lula será submetida a sabatina na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado Federal, bem como a votação secreta na casa. Gonet precisará do voto de maioria absoluta dos senadores (41 votos) para que sua recondução seja formalizada.
Lula assina a extensão do mandato de Gonet às vésperas do julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro pelo Supremo Tribunal Federal. O julgamento terá início em 02 de setembro, e ocorre no âmbito do processo do suposto golpe de Estado.
Foi durante o mandato de Paulo Gonet que a procuradoria-geral da República ofereceu denúncia contra Bolsonaro (e outros sete réus) pelo golpe de Estado que nunca aconteceu. Na mesma denúncia, o ex-presidente também foi acusado pelos crimes de tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, de liderar organização criminosa armada, dano qualificado pela violência e grave ameaça, contra o patrimônio da União, e com considerável prejuízo para a vítima, bem como por deterioração de patrimônio tombado.
Conforme já analisado neste Diário, o processo contra Jair Bolsonaro faz parte do plano do imperialismo de manipular as eleições presidenciais de 2026, inviabilizando a participação do segundo candidato mais popular do país (o ex-presidente) e enfraquecendo a força política do presidente Lula (ainda o candidato mais popular do país), para que vença um homem de confiança do imperialismo, um Javier Milei brasileiro, uma segunda versão de Fernando Henrique Cardoso, que terá a tarefa de promover uma destruição econômica no Brasil, terminando de acabar com os direitos democráticos, ao mesmo tempo em que tentará privatizar o que ainda não foi totalmente privatizado (a saúde, a aposentadoria e a assistência social, a Petrobrás etc).
Fazendo este serviço para o imperialismo, Paulo Gonet ajuda a aprofundar a ditadura do Judiciário sobre todo o povo brasileiro, sendo uma continuação dos processos ditatoriais do Mensalão e da Lava-Jato, os quais resultaram no enfraquecimento do PT nas eleições municipais de 2012, no golpe de 2016, que derrubou a então presidente Dilma Rousseff, e na prisão de Lula em 2018, impedindo-o de concorrer na eleição presidencial daquele ano, e garantindo a vitória de Bolsonaro, algo preferido pela burguesia àquela época, um verdadeiro golpe de Estado.
Gonet também faz parte do controle que “Israel” e o sionismo têm sobre o Estado brasileiro, especialmente sobre o aparato de repressão: a denúncia que resultou na condenação arbitrária e ditatorial contra Lucas Passos Lima foi oferecida pela Procuradoria Geral da República, sob Gonet. Passos Lima é um cidadão brasileiro que foi condenado e preso arbitrariamente simplesmente por ter viajado ao Líbano e pesquisado sobre sinagogas e personalidades judaicas.
Ao assinar a recondução (extensão do mandato de Paulo Gonet), o presidente Lula contribui para que o sionismo e o imperialismo continue controlando o Estado brasileiro, perseguindo aqueles que apoiam a Palestina, bem como contribui para o golpe de Estado para que o imperialismo planeja para as eleições presidenciais de 2026.





