Nesta segunda-feira (25), o líder do Hesbolá, o xeique Naim Qassem, fez novo pronunciamento sobre a ofensiva do imperialismo e do sionismo para desarmar a Resistência Libanesa, liderada pelo Hesbolá.
Reiterando a posição do partido xiita contra a tentativa de desarmar a Resistência Islâmica no Líbano, Qassem declarou que a “Resistência é para a defesa e a libertação; é o povo, as famílias, a fé e a vontade. É patriotismo e honra. É Gaza e firmeza. É o oposto da humilhação, da rendição e da submissão”, acrescentando que a alternativa à Resistência é “render-se a ‘israel’ e abandonar as capacidades, o potencial e a força do Líbano”.
Ele destacou que “sem a Resistência, ‘israel’ teria chegado à capital, Beirute, assim como chegou à capital, Damasco, e ‘israel’ teria ocupado seiscentos quilômetros, como aconteceu na Síria”, acrescentando que “nós o enfrentaremos com defesa e sacrifício, e isso está dentro de nossa capacidade e continuará”.
Denunciando o caráter lacaio do governo do Líbano perante “Israel” e os Estados Unidos, o líder do Hesbolá declarou que a decisão de desarmar a Resistência “é inconstitucional e foi tomada sob ditames americano-’israelenses’”, acrescentando que “esse governo, se continuar assim, não será guardião da soberania do Líbano, a menos que recue de sua decisão.
Qassem prossegue reiterando que o Hesbolá não irá abandonar as armas que protege o povo libanês da entidade sionista: “A arma que nos trouxe honra, não abandonaremos. A arma que nos protege de nosso inimigo, não abandonaremos. Essa arma é nossa alma, nossa honra, nossa terra, nossa dignidade e o futuro de nossos filhos. Quem quiser tomar essa arma, quer tomar nossa alma. Então o mundo verá nossa força. A humilhação está distante de nós”, afirmou o líder do partido revolucionário.
Igualmente, denunciou o papel dos Estados Unidos e de seu atual governo, presidido por Donald Trump, afirmando que são “essa América que manipula o Líbano não é confiável; ao contrário, é um perigo para o Líbano”.
Denunciando que “Trump quer uma zona econômica no sul do Líbano para expulsar os habitantes do sul e entregar essa área à entidade israelense”, o líder do Hesbolá frisou que “a Resistência continuará sendo uma barragem formidável que impede ‘israel’ de alcançar seus objetivos”, bem como que a entidade sionista “não poderá permanecer no Líbano, nem concretizar seu projeto expansionista através do Líbano”.
Mais cedo nesta segunda-feira, o genocida Benjamin Netaniahu, primeiro-ministro de “Israel”, deu uma declaração que expõe claramente como os presidente e primeiro-ministro do Líbano são lacaios da entidade sionista e dos EUA. Netaniahu disse que “Israel reconhece o passo significativo dado pelo Governo Libanês, sob a liderança do Presidente Aoun e do Primeiro-Ministro Salam. A recente decisão do Conselho de Ministros de trabalhar pelo desarmamento do Hesbolá até o final de 2025 foi uma decisão importante. Marca uma oportunidade crucial para o Líbano recuperar sua soberania e restaurar a autoridade de suas instituições estatais, militares e de governança — livre da influência de atores não estatais”.
Netanyahu também anunciou que pretende apoiar os esforços do Líbano para desarmar o Hesbolá, vinculando a ação a um roteiro liderado pelos EUA que exige que o Exército libanês assuma o controle de todas as armas ‘não autorizadas’, conforme noticiado pela emissora libanesa Al Mayadeen. O plano foi apresentado para o governo libanês no início deste mês por Tom Barrack, enviado de Trump para. Barrack se encontrou com Netaniahu no domingo (24), em Jerusalém.
Paralelamente ao desarmamento do Hesbolá, mas como parte da mesma ofensiva do imperialismo e do sionismo contra o Eixo da Resistência, na última quinta-feira (21) o exército libanês e membros do Fatá, partido da Autoridade Palestina, força contrarrevolucionária liderada por cachorros dos sionistas, ensaiaram o início do desarmamento da Resistência Palestina que está nos campos de refugiados do Líbano.
Conforme noticiado pelo portal de notícias The Cradle, isto aconteceu no campo de Burj al-Barajneh, nos subúrbios do sul de Beirute, ressalvando que o ocorrido foi simbólico, pois as armas que foram entregues não estavam com organizações da Resistência, mas arma que entraram ilegalmente no campo nas últimas 48 horas.
Ao fechamento desta edição, os enviados dos EUA para o Líbano, Tom Barrack e Morgan Ortagus estavam se reunindo com parlamentares libaneses, com o senador republicano, Lindsey Graham, se juntando a eles para mais discussões. Graham é um dos mais virulentos falcões da política norte-americana, e um dos principais defensores da agressão imperialista com a Ucrânia. Há cerca de um mês ele falou em “esmagar” a economia do Brasil se o país continuar a importar petróleo russo.





