Na edição desta quinta-feira (21) do programa Análise Internacional, do canal do Diário Causa Operária no YouTube, Rui Costa Pimenta, presidente nacional do Partido da Causa Operária (PCO), analisou a notícia recente de que o exército ucraniano teria sofrido 1,7 milhões de baixas desde o início da guerra com a Rússia, em 2022. A informação veio de hackers russos, que alegam ter acesso a documentos do Estado ucraniano. Pimenta afirmou que “frequentemente eles [vazamentos] não são um acidente”, indicando que a divulgação dos números pode ser uma tentativa de um setor do regime ucraniano derrubar o presidente Vladimir Zelensqui ou uma manobra de setores do governo de Donald Trump (Estados Unidos) para expor a “situação calamitosa da Ucrânia”. Pimenta categorizou a Ucrânia como a “grande vítima dessa história toda”, alertando que “o imperialismo não tem aliados… O imperialismo só tem vítimas”.
O comandante Robinson Farinazzo concordou, destacando a fragilidade do imperialismo: “a Europa não tem dinheiro, os Estados Unidos não têm armas e a Ucrânia não tem homens”. Ele considerou a desagregação do exército ucraniano como um avanço mais significativo do que as conquistas territoriais russas. Ele também notou o aumento das campanhas de recrutamento ucranianas em países como Brasil e Colômbia, um sinal da necessidade de “gente para mobiliar as linhas de frente”.
Outro tema de grande relevância foi o resultado das eleições bolivianas. Rui Costa Pimenta descreveu o pleito como uma “eleição fraudulenta”, destacando que os dois candidatos que foram para o segundo turno serviram a ditadura de Hugo Banzer, o “pior período da ditadura militar na Bolívia”. O analista criticou a visão da esquerda brasileiro sobre o assunto, que atribui o fracasso eleitoral do Movimento ao Socialismo (MAS) a uma “briga de compadres” entre Evo Morales e Luis Arce. Segundo ele, essa análise é “totalmente falsa”.
Pimenta argumentou que Evo Morales, ao chamar o voto nulo, adotou uma “política absolutamente correta”, que questionou a legitimidade da eleição e preparou o povo para “se enfrentar com o novo governo”.
Sobre a situação na Faixa de Gaza, Rui Costa Pimenta analisou a mobilização de 60.000 soldados israelenses como um sinal de que a “situação está escapando de controle”, e que a medida pode ser “o tiro que saia pela culatra”.





