Nessa sexta-feira (22), o líder da oposição israelense, Jair Lapid, enfatizou que o fim da guerra na Faixa de Gaza é um interesse da sociedade israelense, considerando que ela se transformou em uma “Afeganistão israelense”.
Em uma entrevista ao Canal 12 israelense, Lapid lembrou que, no Afeganistão, as forças norte-americanas fugiram derrotadas e disse: “não queremos que isso aconteça com os soldados do exército israelense”.
Lapid admitiu que o governo israelense não está conseguindo derrotar a resistência palestina, pois, após “um ano e 10 meses, este governo não está conseguindo derrotar o Hamas”.
Seguindo o mesmo caminho, o ex-chefe do Conselho de “Segurança Nacional” para o Canal 12, Ghiora Eiland, enfatizou que a pressão israelense não está afetando o Movimento de Resistência Islâmica (Hamas).
Ele criticou a ideia de que “é possível separar o Hamas da população em Gaza”, pois admitiu que não há chance para essa suposição, “pois Gaza é o Hamas e o Hamas é Gaza”.
Eiland confirmou que a ocupação de Gaza com uma população hostil e uma longa permanência custará a “Israel” o dobro do preço, explicando que tal situação é catastrófica. “Você não resolveu um problema, mas criou um”, disse ele, lembrando que a infraestrutura da resistência em Gaza.
Ele disse, sobre a ocupação da Cidade de Gaza, que “o mundo diz que você é o responsável e pede que você pague e cuide da população”, acrescentando que, com a presença de uma população hostil, os ataques acontecerão.
Além disso, o Canal 13 israelense pediu o fim da guerra em Gaza, admitindo que, após dois anos de combate, o Hamas ainda tem dezenas de milhares de membros.
O canal reconheceu que os membros do Hamas não podem ser capturados, nem todos mortos, mesmo quando isso é exigido, especialmente pelo presidente norte-americano Donald Trump, pois eles “não temem a morte”.





