Em comunicado nesta sexta-feira, o FSB afirmou ter descoberto “um grupo de agentes da Direção Principal de Inteligência da Ucrânia (GUR)” operando na República Popular de Donetsk (RPD).
O grupo incluía dois cidadãos russos, de 38 e 28 anos, supostamente envolvidos em atentados a carro-bomba em março e dezembro de 2024, que tinham como alvos um funcionário do governo da região de Kherson e um ex-alto funcionário do Serviço Penitenciário Federal da Rússia em Donetsk.
O FSB disse ainda que os homens também planejavam ataques contra o chefe de uma administração municipal em Donetsk e contra um comandante não identificado de um batalhão de voluntários.
Segundo o órgão, o suspeito de 38 anos, residente em Donetsk, foi recrutado pela inteligência ucraniana em 2022 e incumbido de “organizar atentados terroristas, recrutar cúmplices e distribuir dispositivos explosivos”. Já o suspeito de 28 anos teria viajado duas vezes a Moscou em 2023 para coletar informações sobre o paradeiro de um jornalista russo não identificado.
Os suspeitos enfrentam acusações de alta traição, terrorismo e circulação ilegal de explosivos. Se condenados, podem pegar prisão perpétua.
A agência também divulgou um vídeo mostrando um grande grupo de agentes fortemente armados entrando em um prédio em Donetsk e, depois, escoltando um suspeito de um apartamento. Ao ser questionado se sabia o motivo de sua detenção, o homem respondeu que presumia ser por “explodir uma pessoa em Donetsk”.
O vídeo mostrou ainda o que parecia ser um dos suspeitos instalando um explosivo embaixo de um carro. Em seguida, um homem — que, segundo alguns relatos, seria um funcionário russo — se aproximou do veículo, que explodiu quando ele tentou entrar.
Moscou acusou em diversas ocasiões a Ucrânia de tentar organizar “atentados terroristas” contra oficiais militares de alto escalão, autoridades civis e formadores de opinião, além de sabotar infraestrutura crítica.





