A Análise da 3ª desta semana, transmitida pela Rádio Causa Operária no dia 20 de agosto, teve início com Rui Costa Pimenta, presidente nacional do Partido da Causa Operária (PCO), comentando a declaração do presidente norte-americano Donald Trump, que pediu ao seu homólogo ucraniano Vladimir Zelensqui que “abrisse mão da OTAN e da Crimeia”. Pimenta expressou ceticismo em relação a um acordo, afirmando que a oposição do imperialismo a um acordo, “principalmente um acordo onde a Ucrânia não esteja dentro da OTAN”, é “total”. Ele concluiu que “a situação continua a mesma” e que a definição só virá quando os russos fizerem “um avanço muito significativo sobre a Ucrânia”.
A eleição boliviana foi um dos principais assuntos no programa. Pimenta criticou a atuação do atual presidente, Luis Arce, um “burocrata do partido do Evo Morales”, que “procurou de todas as maneiras impedir que o Evo adquirisse o seu papel tradicional”. Ele chamou a eleição sem Morales de “uma espécie de golpe de Estado” e culpou Arce, que “conspirou… com a direita e com o imperialismo”.
O resultado, com um alto número de votos nulos (mais de 20%), foi interpretado como uma vitória do próprio Evo Morales, que “desfez a manobra em grande medida”. Ele afirmou que “a divisão da esquerda não é uma divisão qualquer”, pois “um setor da esquerda, que é o Arce, passou com por com armas e bagagens para o lado do imperialismo”. A vitória do candidato do grande capital, segundo ele, “mostra o que foi essa eleição. Tudo isso foi montado… orquestrado”.
A discussão sobre o projeto de lei de regulação das redes sociais, apelidado de “Estatuto da Criança e do Adolescente Digital”, também recebeu destaque na edição. Para Pimenta, trata-se de uma política “totalmente impopular”. Ele ainda chamou de “monstruosa” a proposta de censura à juventude e disse que a imprensa joga a responsabilidade nas costas do PT.
A discussão sobre a censura levou a uma crítica ao caso Felca, que, para o presidente do PCO, foi uma “operação típica da burguesia” para criar um clima de apoio à censura. Ele disse que o vídeo de Felca era “uma porcaria” e “totalmente artificial” e que a operação visava “aprovar a lei de censura”. Para ele, a insistência do governo em dizer que a lei “não é censura” é um reconhecimento de seu “caráter reacionário”.
A saída do último governador do PSDB, Eduardo Riedel, para o Partido Progressista, foi vista por Rui Costa Pimenta como o “fim do PSDB” como “legenda”. Ele afirmou que a missão do partido, “que é defender o o imperialismo, vai ser transferido a outras legendas”.





