Na sexta-feira (16), autoridades norte-americanas confirmaram que mais de 4 mil fuzileiros navais e membros da Marinha dos Estados Unidos foram deslocados para as águas em torno da América Latina e do Caribe. A medida, apresentada como combate ao narcotráfico, representa, na realidade, uma escalada militar do imperialismo no continente.
Segundo informações divulgadas pela emissora norte-americana CNN, a operação inclui o envio do Grupo Anfíbio Pronto de Iwo Jima e da 22ª Unidade Expedicionária de Fuzileiros Navais, além de navios como o USS Fort Lauderdale e o USS San Antonio. Também foram mobilizados um submarino nuclear, aeronaves de reconhecimento e destróieres. O conjunto de forças foi colocado sob comando do Comando Sul dos EUA, responsável pelas operações militares no continente latino-americano.
O governo norte-americano, sob Donald Trump, afirma que as tropas atuarão contra “organizações narcoterroristas” designadas pelo Pentágono. O secretário de Defesa, Pete Hegseth, já havia assinado um memorando que coloca como prioridade a “defesa da pátria” contra supostas ameaças vindas da região, citando migração em massa, tráfico e até a necessidade de garantir o acesso irrestrito dos EUA ao Canal do Panamá.
Apesar do discurso, autoridades militares admitiram que a movimentação é “mais uma demonstração de força” do que uma operação concreta contra cartéis. Ainda assim, abre caminho para ações militares diretas e reforça o cerco imperialista sobre os países latino-americanos.
A presença militar norte-americana na região não é novidade. Em março, destróieres foram enviados para perto da fronteira com o México, e agora a ampliação do aparato bélico evidencia a intenção dos Estados Unidos de manter seu domínio sobre a América Latina.



