Na mais recente edição do programa Análise Internacional, transmitido ao vivo pelo canal do Diário Causa Operária nesta quinta-feira (14), Rui Costa Pimenta, presidente nacional do Partido da Causa Operária (PCO), comparou o Partido Trabalhista britânico com o Partido dos Trabalhadores (PT) no Brasil, observando que “eles levam adiante a mesma política”. Segundo Pimenta, o segredo da derrocada política é que a “democracia aparente que existe nos países ditos democráticos, ela é um instrumento para arrancar o couro da população”.
O programa apresentou dados de pesquisas de opinião que mostram a impopularidade de líderes políticos como Keir Starmer, líder do Partido Trabalhista, sugerindo uma rejeição generalizada ao regime político. O presidente do PCO argumentou que a política dos partidos reformistas, como o PT e o PSOL, “está se afundando numa ladeira abaixo junto com os outros”, embora o caso brasileiro tenha a peculiaridade da popularidade do ex-presidente Lula, que, “logicamente, o desgaste dele é menor do que o desgaste dos demais governos, mas isso é uma questão de grau, não é uma questão de essência”.
A Análise Internacional também abordou a situação na Ucrânia, descrevendo a situação militar como uma “queda em câmara lenta” das forças ucranianas. O programa mencionou o avanço russo em Donetsk e a deterioração das posições da Ucrânia, apesar do apoio do imperialismo. Foi destacada a notícia de que especialistas imperialistas teriam fugido do país, deixando manuais de instrução para o uso de equipamentos militares no YouTube. “É uma coisa bem bem clara que a Ucrânia não está conseguindo se sustentar mais”, afirmou Pimenta.
Outro ponto de destaque foi a cúpula de paz na capital do estado do Alasca entre Trump e Putin, o que indicaria que “a política número um, que é a política de massacrar todo mundo, ela é uma política que está em crise, uma crise muito grande, né? Diria até que uma crise final”.
O programa examinou a crise no Líbano, onde o Hesbolá declarou seu repúdio à decisão do exército libanês de desarmá-lo. Na visão de Pimenta, essa operação é um esforço do imperialismo para “desestruturar o Eixo da Resistência” que envolve Irã, Iêmen e a resistência palestina. Pimenta alertou que desarmar o Hesbolá levaria a uma guerra civil no Líbano, que favoreceria “Israel”.
O presidente do PCO também abordou a declaração do ministro das finanças de Israel, Bezalel Smotrich, sobre o enterramento da ideia de um Estado Palestino. Rui Costa Pimenta criticou a política de “reconhecimento do Estado palestino” proposta por alguns governos europeus, classificando-a como “uma política de salvação de Israel” e uma “farsa”, que visa a desarmar a Resistência Palestina.
O programa também discutiu o caso da Síria. Pimenta sugeriu que a frente que derrubou Bashar al-Assad se desfez, com um crescente confronto entre as forças apoiadas pelos EUA e os grupos apoiados pela Turquia.
Assista ao programa na íntegra no canal do Diário Causa Operária:





