O ministro das Finanças de “Israel”, Bezalel Smotrich, anunciou o início de um novo programa de colonização que liga o assentamento de “Maale Adumim” a Jerusalém ocupada.
Durante uma coletiva de imprensa, Smotrich declarou:
“Vamos enterrar de vez a ideia de um Estado palestino… até setembro, a Europa não terá mais quem reconhecer.”
Smotrich afirmou ainda que “‘Israel’ irá dobrar o tamanho do assentamento Maale Adumim”, apontando que estão sendo confiscados milhares de dunams e investidos bilhões para trazer um milhão de colonos à Cisjordânia ocupada.
“Cada casa israelense construída na Cisjordânia é uma declaração de soberania; cada bairro é um prego para reforçar nosso plano”, disse.
Segundo Smotrich, toda a expansão colonial está sendo coordenada com o primeiro-ministro Netaniahu e com “os amigos em Washington”:
“Tudo o que fazemos na Cisjordânia está em total coordenação com Netaniahu e com nossos amigos nos Estados Unidos.”
Antes disso, um comunicado de seu gabinete, intitulado “Enterrar a ideia de um Estado palestino”, já havia anunciado a construção de 3.401 casas para colonos israelenses entre um assentamento existente e Jerusalém.
O projeto havia sido congelado após 2012 por pressão dos EUA, da Europa e de outras potências, que consideravam o plano um entrave a qualquer possibilidade de acordo de paz.
Em 23 de julho, o parlamento israelense (Knesset) aprovou, por 71 votos a 13, um projeto de lei que impõe a “soberania” israelense sobre a Cisjordânia e o Vale do Jordão.
A proposta declara que essas áreas fazem parte “do lar histórico do povo judeu” e exige “medidas estratégicas” para consolidar esse suposto “direito histórico” e garantir a “segurança nacional” de “Israel”.
Em 29 de maio, o gabinete de segurança israelense já havia aprovado a construção de 22 novos assentamentos na Cisjordânia.





