Brasil

A farsa da saída do Mapa da Fome

Há seis vezes mais pessoas passando fome no Brasil hoje do que na Faixa de Gaza, em números absolutos

Um relatório divulgado em 28 de julho pela Organização das Nações Unidas (ONU), durante a 2ª Cúpula de Sistemas Alimentares realizada na Etiópia, afirmou que o Brasil “saiu novamente do Mapa da Fome”. A informação foi amplamente noticiada pela imprensa governista. No entanto, por trás do espetáculo estatístico, a realidade da fome no país continua alarmante.

Segundo a metodologia da FAO, o Brasil estaria fora da zona de “insegurança alimentar grave”, com menos de 2,5% da população em situação de subalimentação — ou seja, consumindo calorias insuficientes de forma habitual. O critério, no entanto, é tão restritivo que desconsidera milhões de brasileiros que vivem uma realidade brutal de privações alimentares cotidianas. A própria ONU reconhece que mais de 35 milhões de pessoas no país enfrentam algum grau de insegurança alimentar, número superior à população inteira do Peru ou da Venezuela.

Em outras palavras, o Brasil continua faminto. A diferença agora é que se passou a comemorar que “a fome não é mais grave”.

A operação de propaganda é escancarada: um dado técnico, de uma classificação limitada e abstrata, é alçado à condição de prova de que a fome foi superada. A comemoração é geral — ministros e jornalistas repetem que “vencemos a fome”. Mas o povo que depende dos R$ 600 do Bolsa Família para alimentar a família não foi convidado para a festa.

O DIEESE calcula que o valor de uma cesta básica ultrapassa R$850 em capitais como São Paulo. Para que uma família de quatro pessoas possa sobreviver com o mínimo, seriam necessárias três cestas básicas por mês. Isso equivale a R$2.550. O auxílio de R$600, portanto, não cobre nem 25% do custo mínimo de alimentação, segundo os próprios critérios dos órgãos técnicos.

A propaganda oficial esconde a raiz do problema. O Brasil é um dos maiores produtores de alimentos do mundo, mas sua população não tem acesso ao que produz. Para que se tenha ideia, a situação é tão negativa que há seis vezes mais pessoas passando fome no Brasil hoje do que na Faixa de Gaza, em números absolutos.

O povo brasileiro está vivendo mal e porcamente, para que os bancos continuem lucrando às suas custas.

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