Sindical

Conferência Distrital dos Bancários do DF: é preciso ir à luta

A realização da Conferência na atual conjutura, diz respeito a uma necessidade política que se torna urgente diante da situação de crise

No último sábado, dia 26, foi realizada a Conferência Distrital dos trabalhadores do Ramo Financeiro da base de Brasília.

A realização da Conferência na atual conjutura, diz respeito a uma necessidade política que se torna urgente diante da situação de crise e profundos ataques dos banqueiros contra os trabalhadores bancários que, neste momento, se expressam, entre outros, no desemprego em massa, apenas nos 12 últimos meses jogou no olho da rua cerca de 7.500 pais de famílias; do rebaixamento geral dos salários; descomissionamentos; transferências de funcionários compulsóriamente, devido à política da famigerada reestruturações; terceirizações; produtos da crise capitalista e do regime imposto ao País pelas instituições do Estado,  principalmente pelos reacionários Congresso Nacional e Judiciário. 

Uma segunda questão fundamental é a situação criada diante dos últimos fatos ocorridos no cenário político nacional envolvendo o Supremo Tribunal Federal (STF), que vem preparando o próximo golpe no povo brasileiro para as próximas eleições, pavimentando o caminho para um candidato que atenda os interesses da burguesia imperialista, do tipo Javier Milei (Argentina), e assim impor uma situação de terra arrasada para os trabalhadores através da política neoliberal e, assim, satisfazer os interesses dos grandes capitalistas e banqueiros internacionais. 

Além disso, realizam verdadeiros ataques à classe trabalhadora para que os mesmos morram de fome como, por exemplo, as recentes declarações do presidente do STF, Luis Roberto Barroso, em entrevista para o jornal Folha de S. Paulo, que defendeu a terceirização, e disse que hoje o trabalhador “celetista”, “metalúrgico”, “que cumpre oito horas regularmente”, já não é mais a realidade do mercado, frente ao aumento de empreendedores individuais e entregadores por aplicativos. Barroso, que expressa a opinião de todo o STF nesse quesito, é um ardoroso defensor da famigerada reforma trabalhista de Michel Temer, que jogou na lata do lixo boa parte da CLT (Consolidação das Leis Trabalhistas) que pôs fim aos direitos trabalhistas da classe trabalhadora.

Esses acontecimentos têm a maior importância, e cria condições ainda mais propícias para a luta dos trabalhadores, aumenta o clima de revolta dentro do movimento operário e eleva estado de luta entre os trabalhadores e a esquerda, se opondo à paralisia da burocracia sindical sob a influência da política das direções da esquerda burguesa e pequeno burguesa de conciliar e capitular diante da direita golpista, inclusive, defendendo a frente ampla com setores, sócios majoritários do golpe de Estado de 2016 e da prisão do Lula e responsáveis pela eleição de Bolsonaro no pleito de 2018.

A Conferência de Brasília, devido a política de capitulação dessa burocracia sindical, que precisaria se debruçar sobre a tarefa de lutar pela reorganização do movimento bancário para enfrentar essa situação, de impulsionar a mobilização pelas reivindicações mais urgentes da categoria diante da ofensiva dos patrões (privatizações, desemprego, terceirização, assédio moral, arrocho salarial, etc.), acabou restringindo a conferência com apresentações das tais mesas temáticas com representantes do Dieese, Diap, que expuseram uma “análise da conjuntura econômica” e “o poder legislativo e a pauta da classe trabalhadora” e sobre o “Sistema Financeiro Nacional”, apresentado por Marcello Azevedo e Ricardo Berzoini, mas o fundamental, que seria tirar uma pauta de luta… nada, sustamente por conta desta mesma política de paralisia e capitulação das direções sindicais ao aprovar um acordo por dois anos, (2024 a 2026), na campanha salarial do ano passado, e “engessou” a perspectiva de luta da categoria restringindo a Conferência em se discutir uma tal de “mobilização”, sabe-se lá por o quê. 

Os delegados presentes, da Corrente Sindical Nacional Causa Operária, Bancários em Luta, foram os únicos a defender uma Campanha Salarial de Emergência para se contrapor a atual ofensiva reacionária dos patrões, sendo a proposta derrotada devido a composição da plenária que contava com a sua grande maioria de dirigentes sindicais que compactuam com a política majoritária do Comando Nacional, ou seja, a Contraf, ou seja, se submeter aos ditames dos banqueiros e seus serviçais nas instituições do Estado.

O papel dos trabalhadores bancários e seus sindicatos é levantar a necessidade de criar um amplo movimento de luta a partir de um intenso trabalho de agitação e propaganda, nos seus locais de trabalho, principalmente por meio dos boletins sindicais e a criação de comitês de luta em todos os locais de trabalho, no sentido de organizar os trabalhadores bancários de ser armar politicamente contra ofensiva reacionária dos banqueiros e superar a política de paralisia das atuais direções sindicais.

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