Oriente Médio

‘Israel’ prende 21 ativistas da Flotilha da Liberdade

Essa é a segunda flotilha de ajuda humanitária interceptada nas últimas semanas

A Marinha de “Israel” interceptou uma segunda flotilha de ajuda humanitária que tentava romper o bloqueio imposto à Faixa de Gaza.

A embarcação interceptada, chamada Handala, fazia parte de um esforço internacional para entregar ajuda humanitária aos palestinos na Faixa de Gaza, que permanece sitiada. Os ativistas a bordo esperavam atrair atenção global para a piora da situação humanitária em Gaza e desafiar o bloqueio imposto por “Israel”.

Segundo a imprensa israelense, duas embarcações da Marinha cercaram o Handala, acompanhadas por um veículo aéreo não tripulado (VANT) de vigilância aérea. A embarcação acabou sendo abordada pelas forças israelenses. Detalhes sobre o destino final do navio e o estado dos passageiros ainda estão surgindo, mas incidentes anteriores indicam que o barco pode ser redirecionado ao porto de Ashdod, ao norte da Faixa de Gaza.

Essa é a segunda flotilha de ajuda humanitária interceptada nas últimas semanas. Cerca de 40 dias atrás, um navio semelhante chamado Madleen foi apreendido em circunstâncias parecidas. Todos os passageiros da Madleen teriam sido detidos e posteriormente deportados para seus países de origem. Entre eles, o ativista brasileiro Thiago Ávila.

Uma transmissão ao vivo feita pela Coalizão da Flotilha da Liberdade mostrou pelo menos seis soldados israelenses embarcando no Handala. Os passageiros — ativistas de vários países — podiam ser vistos sentados calmamente, usando coletes salva-vidas e com as mãos erguidas em sinal de não violência.

Emma Fourreau, deputada do Parlamento Europeu pela França e integrante da tripulação do Handala, confirmou em suas redes sociais que as forças israelenses haviam se aproximado. “O exército israelense está aqui”, escreveu ela no X (antigo Twitter), acrescentando que ela e outros ativistas estavam prontos para jogar seus celulares ao mar a fim de evitar que os conteúdos fossem confiscados.

Segundo a imprensa israelense, as autoridades alertaram a embarcação de que ela seria apreendida caso não recuasse.

O Handala, que partiu de Gallipoli, na Itália, transporta 21 passageiros, incluindo seis norte-americanos. Os organizadores afirmam que a missão não se limita a entregar ajuda humanitária, mas visa também confrontar o bloqueio e pressionar a comunidade internacional a agir.

Mais cedo, ativistas a bordo confirmaram que estavam se aproximando do ponto onde a flotilha anterior, Madleen, havia sido interceptada e afirmaram esperar que a abordagem ocorresse em breve.

Em comunicado oficial, o Movimento de Resistência Islâmica denunciou mais esse crime da entidade sionista:

“A interceptação do navio ‘Handala’ pela ocupação em águas internacionais, o sequestro de seus passageiros e o impedimento de chegar à faminta Gaza é um ato de terrorismo e pirataria, e um flagrante desafio à vontade da humanidade.

O criminoso exército de ocupação sionista está cometendo um novo crime de pirataria em águas internacionais ao interceptar o navio humanitário ‘Handala’ e impedi-lo de chegar à sitiada Faixa de Gaza, que está sendo submetida a uma guerra sistemática de extermínio e fome.

Agradecemos profundamente a coragem dos ativistas da solidariedade internacional e sua determinação em navegar em direção à Faixa de Gaza, apesar do terrorismo e das ameaças da entidade de ocupação, e afirmamos que sua mensagem chegou ao nosso povo em Gaza e ao mundo.

Ao mesmo tempo em que saudamos os esforços internacionais, especialmente as iniciativas populares livres para romper o cerco injusto à Faixa de Gaza, afirmamos que esses movimentos representam a consciência viva da humanidade, expõem as falsas alegações da ocupação e a cumplicidade de algumas partes internacionais, contribuindo para a continuidade do sofrimento do nosso povo.

Responsabilizamos plenamente o governo do criminoso de guerra Netaniahu pela segurança dos ativistas de solidariedade humanitária em Gaza e apelamos a todas as pessoas livres para que continuem enviando navios e comboios até que o cerco injusto seja quebrado e a política de fome e sede contra crianças e civis desarmados seja interrompida.

Exigimos que as Nações Unidas e as organizações internacionais assumam suas responsabilidades legais e humanitárias, condenando este crime, pressionando a ocupação a pôr fim à guerra de extermínio, fome e cerco contra o nosso povo palestino em Gaza e responsabilizando seus líderes por seus crimes contra a humanidade.”

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