A Polícia Federal prendeu na tarde desta quarta-feira (23) a professora aposentada Iraci Megumi Nagoshi, de 72 anos, por ordem do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). A idosa, que havia sido condenada a 14 anos de prisão em decorrência dos atos de 8 de janeiro de 2023, teve sua prisão domiciliar revogada sob a justificativa de ter supostamente descumprido medidas cautelares.
O mandado de prisão foi cumprido por volta das 13h na residência de Iraci, em São Caetano do Sul (SP). A decisão de Moraes determina o restabelecimento do regime fechado.
Em nota, a defesa da professora contestou as alegações e afirmou que irá apresentar nos autos atestados médicos, registros de comunicação com familiares e testemunhos que comprovariam que não houve qualquer intenção de violar as restrições impostas. “A pena não pode, sob nenhum pretexto, converter-se em sofrimento físico deliberado”, declarou o advogado.
Segundo o defensor, Iraci enfrenta um quadro de saúde delicado, incluindo depressão, trombose, insuficiência renal e diabetes. A prisão ocorre enquanto ela ainda se recupera de uma cirurgia no fêmur.
Outra idosa, Vildete Guardia, de 74 anos, também teve sua prisão domiciliar revogada por Moraes. A dona de casa, que luta contra uma trombose e sofreu recentemente com problemas neurológicos, foi transferida para o Presídio Feminino de Santana (SP) na semana passada. Ambas têm comorbidades graves, o que, segundo a defesa, deveria ser levado em consideração pelas autoridades judiciais.





