Oriente Médio

Veja a saga dos palestinos em busca de alimentos em Gaza

A agência Sanad, da emissora catariana Al Jazeera, analisou imagens de satélite do centro de distribuição da GHF na área de Shakoush, em Rafá

Diante do cerco criminoso imposto pelo Estado terrorista de “Israel” à população da Faixa de Gaza, uma das poucas formas de se conseguir alimento que restou ao povo palestino é arriscando a vida indo a um ponto de distribuição da Gaza Humanitarian Foundation (GHF), apoiada pelos sionistas e pelos Estados Unidos. A agência Sanad, da emissora catariana Al Jazeera, analisou imagens de satélite do centro de distribuição da GHF na área de Shakoush, em Rafá, capturadas em 13 de julho, a fim de expor o sofrimento de um povo cercado por todos os lados pelo nazissionismo.

Conforme revelado pela emissora catariana, as pessoas enfrentam horas — às vezes dias — de espera, numa verdadeira travessia em meio a tanques, veículos blindados e veículos aéreos não tripulados (VANTs) israelenses, correndo o risco de serem baleadas por soldados.

Veículos e carroças só são permitidos até certo ponto. A partir dali, é preciso seguir a pé por pelo menos 1,5 km, carregando os sacos ou caixas de alimentos. Para garantir algo, muitos chegam com horas ou dias de antecedência e permanecem no local, temendo perder a posição na fila após longas caminhadas.

Para não ficarem expostos, palestinos correm por cerca de 560 metros após cruzar uma barreira israelense até chegar a “al-Joura”, um buraco arenoso entre dunas, onde se abrigam dos tiros israelenses e aguardam por tempo indefinido.

“O sofrimento físico é agravado pelo calor insuportável e pela espera de até 24 horas por um suposto ‘sinal verde’ para buscar comida.”

Normalmente emitido por VANTs, o “sinal verde” permite que as pessoas avancem cerca de 1 km até o ponto de distribuição. Mas mesmo assim, o risco de serem alvejadas aumenta drasticamente.

A área é completamente cercada por barreiras e veículos militares israelenses. Segundo testemunhas, há ninhos de atiradores de elite, VANTs e postos avançados.

Mesmo aguardando o “sinal verde”, muitos são atacados. Um vídeo publicado por ativistas em 14 de julho mostra disparos contra multidões em al-Joura, momentos antes de avançarem.

Em 12 de julho, forças israelenses mataram 34 pessoas que esperavam ajuda no centro da GHF.

Além dos maus-tratos gerais, há registros de soldados israelenses borrifando spray de pimenta nos palestinos que se aproximam do local.

“Mesmo após chegar ao portão, a luta continua. O jornalista Muhannad Qeshta, deslocado de Rafá, relatou à Al Jazeera cenas caóticas causadas pela ausência total de organização. As pessoas invadem o local, onde pacotes de ajuda estão empilhados desordenadamente. Empurrões e brigas são comuns na tentativa de pegar algo para comer. A maioria sai de mãos vazias. Os poucos que conseguem alimentos precisam cruzar de volta o caminho dominado por uma multidão faminta.”

 

No domingo (20), o Ministério da Saúde palestino informou que, nas 24 horas anteriores, 31 pessoas morreram e mais de 107 ficaram feridas ao chegar aos hospitais. O total de mortos por buscar ajuda já chega a 922, com 5.861 feridos.

Em 16 de julho, ao menos 21 palestinos morreram pisoteados durante uma tentativa de pegar alimentos.

Segundo relatório apoiado pela ONU, publicado em maio, um em cada cinco moradores de Gaza enfrenta fome extrema. Cerca de 93% da população sofre com grave escassez de alimentos.

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