Obituário

Morre Ozzy Osbourne, o pai do heavy metal

Nos últimos anos, músico enfrentou complicações de saúde, incluindo lesões na coluna após uma queda em 2019 e o diagnóstico da Doença de Parkinson, revelado publicamente em 2020

Morreu nesta terça-feira (22), aos 76 anos, o cantor britânico Ozzy Osbourne, um dos nomes mais importantes da história do heavy metal. A informação foi confirmada por sua família em nota pública:

“É com mais tristeza do que as palavras podem expressar que informamos que nosso amado Ozzy Osbourne faleceu nesta manhã. Ele estava com a família e cercado de amor”.

A causa da morte não foi divulgada.

John Michael Osbourne nasceu em 3 de dezembro de 1948, na cidade operária de Birmingham, Inglaterra. Filho de um mecânico e de uma trabalhadora de fábrica, cresceu em um ambiente modesto. Ainda na juventude, teve diversos empregos, incluindo em um matadouro e em um necrotério, e chegou a ser preso por pequenos furtos. O apelido “Ozzy”, adquirido na infância, o acompanharia por toda a vida.

Aos 20 anos, formou com amigos locais a banda que viria a se tornar o Black Sabbath. Após algumas trocas de nome, o grupo assumiu o título definitivo em 1969, inspirado em um filme de terror italiano. A sonoridade pesada e a temática obscura dos primeiros discos representaram uma ruptura com o rock da época e são hoje considerados fundadores do gênero heavy metal.

O álbum de estreia, Black Sabbath (1970), foi seguido por clássicos como Paranoid, Master of Reality, Vol. 4 e Sabbath Bloody Sabbath. Ozzy permaneceu na banda até 1979, período em que o grupo alcançou sucesso mundial e consolidou sua estética sonora. Após deixar o Sabbath, iniciou carreira solo com o disco Blizzard of Ozz (1980), que inclui os sucessos “Crazy Train” e “Mr. Crowley”.

Durante os anos 1980 e 1990, manteve uma carreira solo ativa e lançou diversos álbuns, incluindo Diary of a Madman (1981), No More Tears (1991) e Ozzmosis (1995). Sua postura de palco, os figurinos teatrais e o uso de símbolos religiosos e fantásticos marcaram sua imagem pública. Ao longo desse período, também enfrentou problemas com o álcool e outras drogas, que o levaram a episódios pessoais conturbados e tratamentos de reabilitação.

Em 1982, casou-se com Sharon Arden, que se tornaria sua empresária e companheira pública por décadas. Juntos, tiveram três filhos: Aimee, Kelly e Jack. Em 1996, Ozzy e Sharon criaram o festival Ozzfest, voltado ao metal e ao hard rock. A iniciativa reuniu, ao longo dos anos, diversas bandas influentes, promovendo novos artistas e consolidando o evento como um dos principais do gênero.

Apesar de inúmeras turnês de despedida e períodos de reclusão, o cantor seguiu ativo. Em 2011, lançou sua autobiografia, Eu Sou Ozzy, e recebeu diversos prêmios ao longo da vida, incluindo entradas no Hall da Fama do Rock and Roll, tanto com o Black Sabbath quanto em carreira solo, cinco prêmios Grammy e homenagens em Birmingham, como uma estrela na Broad Street.

Nos últimos anos, enfrentou complicações de saúde, incluindo lesões na coluna após uma queda em 2019 e o diagnóstico da Doença de Parkinson, revelado publicamente em 2020. Em 2022, fez uma aparição surpresa na cerimônia de encerramento dos Jogos da Commonwealth, em Birmingham. Em julho de 2025, apresentou-se pela última vez, ao lado da formação original do Black Sabbath, em um show de despedida no Villa Park, estádio de sua cidade natal. O evento contou com a presença de 42 mil pessoas e participações de bandas como Metallica e Guns N’ Roses.

Ozzy Osbourne deixa seis filhos — três do primeiro casamento com Thelma Riley e três do segundo casamento com Sharon — além de netos e uma obra extensa que atravessou cinco décadas. O show de despedida, realizado em 5 de julho, marcou o encerramento de uma trajetória singular nos palcos. Sentado em um trono, com dificuldades de mobilidade, Ozzy agradeceu ao público com a frase: “vocês não fazem ideia do que estou sentindo — obrigado, do fundo do meu coração”.

A cerimônia de despedida do cantor ainda não teve data confirmada pela família.

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