Em comunicado divulgado neste sábado (19), a Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina (UNRWA) fez um apelo por intervenção internacional urgente para permitir a entrada de alimentos e ajuda médica em Gaza. A agência acusou as autoridades de ocupação israelenses de “fazerem os civis de Gaza morrerem de fome”, classificando a situação como uma ameaça direta à vida de toda a população do enclave.
A crise humanitária se aprofunda a cada dia. O Ministério da Saúde de Gaza relatou a morte da bebê Razan Abu Zaher, vítima de desnutrição severa e falta de leite. Com ela, chega a quatro o número de crianças mortas por causas relacionadas à fome nas últimas 24 horas, todas em consequência direta do bloqueio imposto por “Israel”.
De acordo com o ministério, Gaza já se encontra em um estado de “fome real”, provocado pela escassez crítica de alimentos e pela proliferação de casos de desnutrição aguda.
Hospitais em toda a Faixa de Gaza estão atendendo centenas de civis em estado grave de fome e desnutrição. Profissionais da saúde relatam “estresse extremo” diante da superlotação das unidades, que recebem pacientes famintos de todas as idades, incluindo bebês, crianças e idosos.
O Ministério da Saúde também denunciou que massacres sangrentos têm ocorrido nas imediações de pontos de distribuição de ajuda humanitária, o que coloca milhares de vidas em risco. A falta de acesso seguro a alimentos e suprimentos médicos básicos só agrava ainda mais a catástrofe.
No sábado, o Ministério da Saúde de Gaza emitiu um alerta dramático, apontando um aumento sem precedentes no número de civis — incluindo mulheres, crianças e idosos — que chegam aos hospitais em estado crítico devido à fome extrema e ao esgotamento físico.
“Centenas de pessoas estão à beira da morte, com os corpos completamente debilitados após ultrapassarem os limites de resistência humana”, declarou o ministério.
O órgão advertiu que, se o bloqueio total à entrada de alimentos e ajuda continuar, muitos dos que hoje sofrem de desnutrição grave podem morrer nos próximos dias — marcando um ponto de inflexão catastrófico na crise humanitária.
O alerta da UNRWA e das autoridades sanitárias palestinas vem em meio ao cerco imposto há meses por “Israel”, que impede a entrada adequada de alimentos e ajuda humanitária na Faixa de Gaza.





