De 25 a 27 de setembro próximos, realiza-se, em Serra Negra (SP), o XXVIII Congresso Estadual da Apeoesp, precedido de dezenas de encontros regionais e que deve reunir mais de 1.500 delegados.

Para o encontro foram inscritas, na semana passada, cerca de duas dezenas de teses das distintas forças políticas que atuam na categoria. 

Educadores em Luta, corrente de professores militantes e simpatizantes do PCO inscreveu suas propostas sob o título É preciso superar a política de recuo e retomar a mobilização.

Conjuntura

Ainda que com enormes limitações burocráticas impostas há anos, como o fim da eleição dos delegados diretamente nas Escolas, o Congresso é o maior evento do movimento sindical nacional, em torno do qual tende a se desenvolver uma série de debates sobre a conjuntura, além – é claro – da própria situação da categoria, duramente atingida pela política de destruição do ensino público agravada pelo golpe de Estado (2016).

A tese dos professores do PCO destaca as ilusões da maioria da esquerda em torno do chamado multilateralismo, que representaria uma perda de poder e da ofensiva do imperialismo, justamente quando este não recua, mas se arma, com aumento dos gastos militares nos países mais ricos, ameaçando colocar o mundo em um nova guerra mundial.

Ao mesmo tempo, analisa as duas crises do governo Lula, diante da derrota no Congresso Nacional (expressão do fracasso da frente ampla) e das ameaças de Donald Trump de sobretaxar os importados do Brasil, que deu lugar a uma campanha de tipo eleitoral, demagógica, em torno de uma inexistente defesa da soberania, da parte de um governo que sequer atua de maneira independente no cenário internacional diante do genocídio de mais de 60 mil palestinos, o que significaria romper relações com “Israel” e que também mantém uma política de submissão aos banqueiros internacionais e “nacionais” com as maiores taxas de juros reais do mundo.

Retomar a mobilização

Em uma etapa de duros ataques contra a categoria e de predomínio da política de recuo constante nas mobilizações por parte da maioria da direção do Sindicato, Educadores em Luta chama a debater a necessidade de superar a política atual com uma ampla mobilização dos professores que tenha como centro a luta pela recomposição das perdas salariais da categoria.

Em torno das propostas, serão realizadas nas próximas semanas reuniões e Plenárias de Educadores em Luta para organizar uma intervenção combativa no Congresso.

Interessados em participar, entrar em contato pelos telefones:

• (11) 98344-0068;
• (19) 98121-4234;
• (14) 99728-0289.