Movimento sindical

Educadores de Salvador ultrapassam 70 dias de greve sem solução

Luta dos educadores é uma resposta legítima à desvalorização da educação pública

A rede municipal de ensino de Salvador completa mais de 70 dias de greve, iniciada em 6 de maio de 2025, com cerca de 135 mil alunos sem aulas. Os professores, organizados pela APLB-Sindicato, exigem o pagamento do piso nacional do magistério e melhores condições de trabalho. A paralisação, reflete a recusa do prefeito Bruno Reis (União Brasil) em dialogar com a categoria.

“Não aceitaremos migalhas enquanto o prefeito ignora nossas demandas”, afirmou Rui Oliveira, coordenador da APLB, em ato na Praça Municipal.A insatisfação dos educadores cresce diante de anos de descaso. Em 22 de maio, a Câmara Municipal aprovou um reajuste salarial, mas os professores rejeitaram a proposta, considerada insuficiente. “O reajuste não cobre as perdas inflacionárias nem resolve a falta de estrutura nas escolas”, declarou a professora Maria Silva, da APLB.

O secretário estadual do Trabalho, Augusto Vasconcelos, criticou a postura de Reis: “no governo estadual, garantimos o piso com diálogo. O prefeito precisa assumir a responsabilidade e negociar”. Já o secretário municipal de Educação Marcelo Oliveira, defendeu a prefeitura, alegando que “o orçamento está sendo ajustado para atender as demandas, mas é preciso responsabilidade fiscal”.

A intransigência de Bruno Reis prolonga o sofrimento de alunos, pais e professores. Em entrevista à rádio Baiana FM, o prefeito acusou os grevistas de “inflexibilidade” e afirmou que “a prefeitura fez o possível dentro das limitações financeiras”. A APLB rebateu, denunciando tentativas de intimidação, como corte de ponto dos grevistas.

“Essa é uma das maiores greves da história de Salvador, e não vamos recuar até sermos ouvidos”, reforçou Rui Oliveira. A falta de diálogo mantém as escolas paradas, com professores relatando condições degradantes como salas superlotadas e falta de material. A luta dos educadores é uma resposta legítima à desvalorização da educação pública.

A culpa pela paralisação recai sobre o prefeito, que prioriza interesses políticos em vez de investir no futuro dos jovens. A sociedade deve apoiar os professores, exigindo que Reis atenda às reivindicações e garanta escolas dignas. A mobilização da APLB mostra que os trabalhadores não se curvarão diante da negligência do poder público.

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